Publicação científica comprova que uso de inoculantes em grãos contribui para redução de Gases de Efeito Estufa

O International Journal of Life Cycle Assessment publicou resultados de um estudo sobre o impacto positivo dos fluxos de nutrientes para as plantas e para a terra

05.08.2021 | 20:59 (UTC -3)
Ana Scorsin

O International Journal of Life Cycle Assessment, uma das publicações científicas mais prestigiadas do mundo, publicou, com revisão de especialistas da área, os resultados de um estudo que comprova os benefícios ambientais do Optimize. Um outro estudo anterior já havia confirmado os mesmos benefícios de outro inoculante, o JumpStart. Ambos fabricados pela Novozymes BioAg.

Os benefícios do uso de inoculantes agrícolas para o meio ambiente são gerados a partir de melhorias verificadas no rendimento das culturas, pois esta, por sua vez, promove um uso mais eficiente dos nutrientes, uma maior retenção de carbono no solo e uma menor necessidade de recursos para a produção de cada tonelada de soja.

Em um estudo prévio foi constatado um aumento de 6% na produtividade, além de redução na emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) que pode chegar a 4% por tonelada na produção de soja. O método utilizado como base foi a metodologia de Avaliação de Ciclo de Vida (ACV), padronizada através de normas ISO.methodology. Essa técnica padronizada globalmente é utilizada para avaliar os potenciais impactos ambientais de um produto ao longo de sua vida, contabilizando a energia, os materiais utilizados e os resíduos gerados no período decorrido desde sua fabricação até o seu uso e destino final. Assim, as pesquisas realizadas a partir dos inoculantes possibilitaram verificar, de maneira objetiva, seu impacto positivo no meio ambiente e na cultura da soja.

“Estamos orgulhosos de que os benefícios ambientais de nossos inoculantes microbianos possam ser documentados na literatura científica. Este estudo sobre a soja foi objeto de duas rodadas de uma análise científica minuciosa. Primeiro, um painel de especialistas analisou o relatório de histórico para garantir a conformidade com o padrão ISO para LCA. Depois, o resultado submetido ao Journal of Life Cycle Assessment foi revisado por outros especialistas. Estamos satisfeitos com esse alto nível de credibilidade e aplaudimos os pesquisadores por trás do estudo”, disse Jesper Hedal Kløverpris, especialista sênior em Sustentabilidade Global da Novozymes.

De acordo com os números da pesquisa publicada no Jornal, pode-se dizer que, se a tecnologia Optimize fosse usada em toda a soja argentina e brasileira e o Jumpstart em todo o milho e soja da mesma região, seria possível reduzir em 38 milhões de toneladas as emissões de dióxido de carbono, o que equivale às emissões anuais de 16 milhões de automóveis.

“O simples fato de submeter os nossos produtos a uma análise externa ao mais alto nível científico é, por si só, uma prova do nosso compromisso com a sustentabilidade da produção agrícola. Mas, além disso, os resultados obtidos são evidências de que as tecnologias desenvolvidas pela Novozymes são baseadas na ciência e que, com base nisso, é possível gerar insumos biológicos que aumentem a rentabilidade dos produtores e, ao mesmo tempo, promovam maior cuidado com o meio ambiente ", conclui Maximiliano D´Alessio, diretor Comercial da BioAg para a América Latina.

A tecnologia Optimize é aplicada em culturas leguminosas na América do Norte, na Europa e na América do Sul, incluindo o Brasil. Utiliza uma bactéria do solo, de ocorrência natural, e lipo-quito-oligossacarídeos (LCO) que são envolvidos no processo de fixação de nitrogênio. Isso garante que a planta tenha as bactérias benéficas prontas para a maximização da captura de nitrogênio diretamente da atmosfera.

O JumpStart, que chegará ao Brasil nos próximos meses, aprimora a captação de nutrientes, como fósforo, em múltiplas culturas, como milho, soja, trigo e canola, também mostrou redução da emissão de GEE. Se ele fosse utilizado em todas as culturasde milho dos EUA, por exemplo, seria possível ter uma redução de 3,9 milhões de toneladas de CO2 por safra, o que corresponderia às emissões anuais dos escapamentos de 820 mil automóveis de passageiros dos EUA.

Para acessar o estudo na íntegra, clique aqui.

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