Projeto de reaproveitamento de resíduos de maracujá ganha prêmio CREA-RJ de Meio Ambiente

20.10.2014 | 21:59 (UTC -3)

O empresário Sandro Reis, da Indústria Extrair de produção de óleo de maracujá acaba de ganhar o prêmio CREA-RJ de Meio Ambiente, em reconhecimento pelo seu projeto de reaproveitamento de resíduos de maracujá, desenvolvido em parceria com a Embrapa Agroindústria de Alimentos e Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF). O prêmio busca valorizar ações que preservem o meio ambiente, protejam os recursos naturais e contribuam para o equilíbrio ambiental, gerando qualidade de vida para a população.

A indústria Extrair capta as sementes sujas com restos de cascas, polpa e arilo, nas indústrias de sucos e polpas de maracujá, instaladas no Estado do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. Então, limpa e purifica as sementes por meio de um processo inédito desenvolvido em parceria com a Universidade Estadual do Norte Fluminense – UENF e Embrapa, que reduz a quantidade de água e energia utilizada, evitando fermentação e deterioração do óleo extraído. Este óleo produzido é comercializado para indústrias farmacêuticas e cosméticas do Brasil e do exterior. O resíduo resultante do processo é destinado às indústrias cosméticas como esfoliante, evitando, assim, o descarte no ambiente. "Esse é um prêmio para toda a equipe do projeto Arranjo Produtivo Local do Maracujá, coordenado pelo pesquisador Sérgio Cenci, da Embrapa Agroindústria de Alimentos. A nossa intenção é ampliar o projeto e reaproveitar as sementes das indústrias de produção de sucos e polpa de maracujá de todo o Brasil, para gerar mais emprego e renda, tanto na indústria quanto no campo, e assim reduzir o impacto ambiental da cadeia produtiva", afirma Sandro Reis.

A Extrair possui capacidade de processar até 200 kg por hora de semente seca de maracujá, com rendimento de 100 litros por hora de óleo bruto; mas já planeja ampliação e automatização de sua linha de produção. Recentemente, aprovou mais um projeto de inovação de inovação junto à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) para o aproveitamento do farelo desengordurado da semente, resultante da extração do óleo, gerando um produto de alto valor nutricional para a indústria alimentícia. Esse farelo possui compostos antioxidantes, é rico em proteínas e fibras alimentares, não possui glúten; podendo substituir em até 25% a farinha de trigo na fabricação de bolos, pães e biscoitos integrais.

A Indústria Extrair já foi agraciada com vários prêmios nacionais e internacionais, como o Prêmio Brasil de Engenharia, Prêmio Sesi de Qualidade no Trabalho, Prêmio Firjan de Ação Ambiental, Prêmio Peter Muranyi e Green Project Awards Brazil. Além disso, em 2013, foi considerado "case de sucesso" na Conferência ETHOS e na Conferência ANPEI de Inovação Tecnológica.

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