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Apesar do imenso potencial que possui para a irrigação, o Brasil aplica a tecnologia em aproximadamente 20% da área que dispõe (equivalente a 30 milhões de hectares). Para impulsionar a utilização no País, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) formou um Comitê Técnico de Irrigação que vai definir o Programa Especial Agricultura Irrigada.
O grupo se reuniu pela primeira vez nesta quinta-feira (19/5), na sede do SENAR, em Brasília. Ele é composto por especialistas das cinco regiões produtivas e terá a responsabilidade de auxiliar na definição de ações estratégicas e validação de metodologia e conteúdos. Os seis integrantes são: Nelson Ananias (CNA), João Augusto Telles (SENAR/RS), Eduardo Veras de Araújo (FAEG), Flávio Gonçalves Oliveira (UFMG), Glaucius Douglas (SENAR/AM) e Guilherme Moraes Saldanha (Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Norte).
O programa tem três focos principais, como explica o coordenador do Comitê Técnico de Irrigação do SENAR, Rafael Nascimento da Costa. O primeiro é incentivar a adoção de tecnologias de irrigação, assegurando alimentos na safra, principalmente em regiões de escassez de chuva, onde a agricultura irrigada é sinônimo de sobrevivência. Os outros dois são fomentar o incremento da agricultura irrigada, através da transferência de tecnologia e melhoria da produtividade e promover a utilização de técnicas de irrigação de precisão, manejo do solo, da água e da proteção de nascentes favorecendo o uso sustentável de recursos naturais, tendo como foco a gestão econômica e viabilidade dos projetos.
“O SENAR vem pensando esse programa já há algum tempo. Conhecemos algumas experiências e visitamos projetos desenvolvidos em Israel, no ano passado. A princípio, a intenção era ter um programa exclusivo para a capacitação de produtores irrigantes, mas também fomos procurados por Comitês de Bacias e Perímetros Públicos de irrigação e existe ainda o interesse de outros parceiros e instituições. Então, estamos nos organizando para construir esse programa e definirmos uma metodologia única e padronizada”, declara.
No encontro, eles também debateram as etapas do programa - adesão dos estados e capacitação de gestores, elaboração de material didático, seleção e capacitação de instrutores, mobilização e divulgação e capacitação de produtores. O grupo também começou a definir pontos como fases da formação de instrutores e modelos de oferta formativa para produtores.
Para o presidente da Comissão de Irrigação da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG), Eduardo Veras de Araújo, o programa é muito importante porque a irrigação é uma tecnologia com grande potencial de crescimento no Brasil e uma ferramenta essencial para o aumento da produção sem a abertura de novas fronteiras. Ele elogia pontos previstos na proposta do SENAR como a capacitação de produtores, legislação, elaboração de projetos e compra de equipamentos.
“Esse programa tem um aspecto fundamental que é estreitar o laço entre academia e produtor. O sucesso da agricultura sempre esteve baseado na ciência e o produtor é ávido por tecnologia. Temos que aproveitar esse dom natural da água que temos no Brasil, fazer a gestão adequada e usar isso como vantagem competitiva em relação aos outros países”, observa.
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