Subcomissões da CTNBio liberam uso comercial de milho com o evento DP202216
Conforme a literatura, plantas que contêm esse evento têm maior potencial de rendimento de grãos; e expressam tolerância ao herbicida glufosinato
Consolidado como um referencial de credibilidade para fabricantes de adjuvantes agrícolas produzidos no Brasil, o programa ‘Adjuvantes da Pulverização’, responsável pela concessão do “Selo IAC” para esses produtos, entra este mês em um novo ciclo. O programa inicia agora o processo de reavaliação de produtos que já receberam o selo em 2021 e 2022, com vistas à renovação da certificação de funcionalidade para os insumos.
Adjuvantes agrícolas são produtos químicos adicionados à calda de defensivos agrícolas antes da pulverização de lavouras. Têm por especificação robustecer tratamentos de cultivos, ao agregar propriedades espalhante, adesiva, umectante e outras, conforme os objetivos e os alvos das aplicações. No processo de reavaliação ora empreendido pelo programa, entram em laboratório em torno de 90 produtos, submetidos a testes específicos por aproximadamente 40 companhias com matriz no Brasil e no exterior.
Resultante de uma parceria entre o setor privado e Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento sediado na cidade de Jundiaí, o programa se vale de um laboratório equipado para executar testes certificadores relacionados a especificações que tais produtos trazem em rótulos: espalhantes, umectantes e outras.
“O selo de certificação transfere reputação de qualidade aos produtos aprovados nos testes. Existe no Brasil uma brecha legal, prejudicial ao agricultor e à indústria de adjuvantes, no tocante ao desenvolvimento de produtos precisos”, frisa Hamilton Ramos, coordenador da iniciativa. “Ao contrário dos defensivos agrícolas, adjuvantes não requerem registro nos órgãos reguladores da agricultura, uma lacuna que abre espaço para introdução de insumos do gênero não avaliados e, portanto, não necessariamente apropriados à situação de uso”, explica.
De acordo com Ramos, quando associado a um defensivo agrícola de alta tecnologia, um adjuvante de má-qualidade implica perdas relacionadas a investimentos do produtor nos tratamentos ante à incidência de pragas, doenças e plantas daninhas, “que demandam somas elevadas”, pondera.
Conforme o coordenador, a concessão do selo ganhou relevância na indústria brasileira desde sua criação. No início, em 2021, ele assinala, eram menos de dez companhias a submeter seus produtos ao programa Adjuvantes da Pulverização, número que saltou para cerca de 40 nos dias de hoje. Entre a avaliação dos produtos e a emissão do selo, desde que cumpridos os requisitos exigidos dos fabricantes, salienta Ramos, são necessários pelo menos seis meses.
Ramos observa, entretanto, que a criação do selo constituiu uma etapa importante visando fomentar padrões elevados de funcionalidade dos adjuvantes agrícolas. “Contudo, trata-se, em nosso entendimento, de um primeiro passo relevante, mas dentro de um processo cujo modelo ideal vislumbra normas que ancorem um sistema oficial, de caráter nacional, único, voltado à certificação de qualidade a tais produtos”, conclui.
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