Produtores de soja aprovam fertilização fluida via sulco de plantio

A região de Itapeva é a maior produtora de soja do estado de São Paulo, segundo dados atuais da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati). A alta tecnologia empregada no cultivo de grãos e o clima adequado são os responsáveis pela expressividade na produção. Uma tecnologia que tem contribuído para essa realidade e que vem ganhando cada vez mais adeptos é a aplicação de nitrogênio, fósforo e potássio em forma fluida via sulco de plantio. Há cerca de 4 anos a Nutriceler implantou esta tecnologia no Brasil com produtos importados. Ao longo deste período, a empresa adquiriu mais conhecimento e experiência sobre a interação destes produtos com os solos e clima brasileiro, e então desenvolveu formulações próprias, com aditivos especiais, exercendo melhor performance de acordo com as características da agricultura do Brasil.

O agricultor Pedro Paulo Mariano, que cultiva grãos em áreas em Itaberá (SP), é um dos agricultores que adotou a tecnologia Nutriceler para a prática da fertilização fluida. Acompanhando a evolução da tecnologia Nutriceler, esta será a terceira safra consecutiva de soja em que ele usa este manejo. “Não penso em deixar de utilizar essa tecnologia. Além do aumento de produtividade, a praticidade da operação é maior em relação ao manejo tradicional. A fertilização fluida permite um maior rendimento no plantio, tendo em vista que há menos paradas para reabastecimento de fertilizantes na plantadeira. O plantio fica mais rápido e isso é uma excelente vantagem. Vou continuar com esse manejo e estou bastante otimista”, revela o agricultor que chegou a colher 91 sacas de soja por hectare em algumas áreas. 

 Em Itararé (SP), o produtor de grãos Antônio Carlos Lourenço Lopes também utilizou os fertilizantes fluidos produzidos pela Nutriceler no plantio da soja na Estância Produtiva na safra 2016/2017, e os resultados foram surpreendentes. “Plantei numa área de areia, que sempre apresentou baixa produtividade. Para minha surpresa, o manejo com estes fertilizantes proporcionou uma excelente média e pude contar com 6,6 sacas a mais por hectare na área tratada”, comemora o agricultor que colheu 75,2 sacas por hectare. Com menos paradas para reabastecimento e logística facilitada, Antonio ficou satisfeito com os resultados. “Além de o produto ser excelente, a tecnologia reduz o tempo das máquinas em campo. Como nós calculamos o tempo gasto no plantio como custo, podemos dizer que a fertilização fluida proporciona grande economia”, diz.

 Na Agropecuária Jatibuca, com sede em Itaberá (SP), o sojicultor Luiz Moulatlet, utilizou a tecnologia Nutriceler pela primeira vez e garante que os resultados foram positivos. “Utilizamos a fertilização fluida em 175 hectares de soja e colhemos cerca de cinco toneladas por hectare. Fiquei bastante satisfeito com os resultados já nesse primeiro ano, e pretendo adotar esse manejo nas próximas safras”, afirma Moulatlet.

 “Além da boa produtividade e da praticidade da operação, percebemos benefício no solo da área cultivada com a tecnologia Nutriceler. De acordo as análises de fertilidade realizadas antes e depois do uso da tecnologia, percebemos que o solo manteve os teores de fósforo em toda área tratada. Essa é uma grande vantagem”, comenta o agricultor. 

 O engenheiro agrônomo, Claudinei Lima, professor doutor em nutrição de plantas, explica que a presença de fósforo em quantidade significativa no solo, mesmo após a colheita, é resultado da ação dos aditivos que fazem parte da formulação dos fertilizantes fluidos. “A linha Maxifós foi desenvolvida com aditivos com essa função, de aumentar a disponibilidade do fósforo no solo, e evitar as perdas de potássio por lixiviação, e fósforo por fixação”, explica Claudinei. O agrônomo ressalta também que a tecnologia também tem importante atuação no aumento da Capacidade de Troca Catiônica (CTC) do solo.

 Tecnologia evoluída

A eficiência da fertilização fluida se dá por conta das fontes nutricionais da Nutriceler, que são aplicadas no sulco do plantio, substituindo total, parcialmente ou complementando a adubação convencional de acordo com os teores de nutrientes no solo.

 O engenheiro agrônomo Nelson Schreiner Junior, CEO da Nutriceler, explica que as formulações possuem alta eficiência e ação diferenciada. “Desde que iniciamos as aplicações de fertilizantes fluidos no solo, fomos conhecendo e aprendendo com as mais variadas condições de solo e clima brasileiros. Aprimoramos as formulações e adicionamos aditivos que melhoram a performance dos nossos fertilizantes via sulco de plantio. Por isso, com o passar dos anos, os resultados se tornaram ainda mais consistentes”, diz Schreiner. Atualmente, a tecnologia também é aplicada via fertirrigação e é usada nos cultivos de cana-de-açúcar, café, amendoim, citrus, frutas e hortaliças.  

 Operação Simplificada

Para aplicação, os agricultores usam reservatórios onde são armazenados os fertilizantes fluidos, fontes de fósforo, potássio, nitrogênio, enxofre, ácidos húmicos, ácidos fúlvicos, extrato de algas e aminoácidos. O processo de plantio da soja é simplificado. Os fertilizantes são aplicados no sulco de plantio por meio de mangueiras e bicos injetores. É uma tecnologia que permite aplicação uniforme, sem perdas, e com alto poder de concentração dos nutrientes próximo às sementes. Estes reservatórios também são usados para aplicações de produtos biológicos no solo.

 Com os fertilizantes na forma fluida, a operação se torna mais prática e econômica. O volume de adubo armazenado, transportado e aplicado é bastante reduzido, evitando o consumo excessivo de combustíveis, proporcionando menor compactação de solo e melhor aproveitamento da mão-de-obra. Calcula-se que o ganho de eficiência na operação de plantio pode chegar a 25%, de acordo com a capacidade de armazenamentos dos tanques de fertilizantes fluidos.