Produtor afetado pela seca em Minas Gerais poderá renegociar dívidas

Agricultores conseguirão rever contratos e parcelas com o Banco do Brasil, maior operador de crédito agrícola do país

02.10.2024 | 15:21 (UTC -3)
Secretaria de Agricultura
Foto: Diego Vargas
Foto: Diego Vargas

A Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) anunciou, após reunião com o Banco do Brasil, que a instituição financeira confirmou que os agricultores afetados pela seca severa no estado poderão rever suas dívidas com condições exclusivas. 

O gerente de Agronegócios do Banco do Brasil para Minas Gerais, Bruno Machado, afirmou que o banco vai renegociar os contratos de custeio e as parcelas que tenham vencimento ainda este ano. Ele acrescentou que, mesmo com a renegociação, os agricultores continuam tendo acesso a linhas de crédito, sejam pequenos, médios ou grandes produtores. Para saber como acessar as condições, os produtores devem procurar uma agência do Banco do Brasil. 

Minas Gerais é, hoje, a maior carteira agrícola do banco, com R$ 52 bilhões aplicados no estado, frente a um total de R$ 330 bilhões em todo o Brasil, conforme Bruno Machado. O secretário Thales Fernandes destaca que é fundamental apoiar o produtor frente às intempéries climáticas. 

“Essa parceria mostra a força que o agro mineiro tem e a importância das linhas de financiamento para impulsionar a nossa agropecuária, para que ela continue a gerar renda, emprego e alavancando Minas Gerais. São oportunidades para que o produtor rural se mantenha no negócio e se fortaleça cada vez mais”, analisou.

Garantia safra

Os recursos do Programa Garantia-Safra são outra possibilidade para quem foi afetado pela estiagem. Este ano, o Governo de Minas repassou cerca de R$ 5,7 milhões ao Fundo Garantia-Safra 2023/2024, aproximadamente 12% a mais em relação ao repasse feito na safra anterior. O aumento do aporte ampliou em 11% o número de agricultores beneficiados, chegando a aproximadamente 40 mil.

O benefício anual de R$ 1,2 mil é pago aos agricultores dos municípios que comprovem perdas de 50% ou mais das culturas cobertas pelo programa em razão de secas ou chuvas em excesso. O programa é destinado a residentes na região de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

Ações de prevenção e mitigação

Para além dos recursos financeiros, os agricultores estão se adaptando à seca com apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG). 

Os extensionistas rurais ensinam técnicas para reter água no solo, como o uso de plantas de cobertura para melhorar a infiltração de água e o uso da palhada, que sobra após o corte destas plantas, para proteger e ajudar na diminuição da sua temperatura do solo.

Outras práticas de conservação do solo e da água ao alcance dos agricultores são a construção de barraginhas para captação de água, o terraceamento (também conhecido como ‘curva de nível’), e investir no cercamento de nascentes e recomposição das matas ciliares em rios e córregos.

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