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A safra mineira de cebola, em 2010, deve alcançar 141,3 toneladas, volume 28,12% superior ao obtido no ano passado, informa o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o estudo, houve um aumento da ordem de 20,0% na área plantada dessa olerícola em Minas Gerais, que alcançou 2,7 mil hectares neste ano.
Segundo Márcia Aparecida de Paiva Silva, assessora técnica da Superintendência de Política e Economia Agrícola (Spea) da Secretaria da Agricultura de Minas Gerais, o maior responsável pelo novo aumento da produção de cebola no Estado é a região do Alto Paranaíba, onde a estimativa de crescimento da safra é da ordem de 65,0%. “A área cultivada na região é de 1,6 mil hectares e o rendimento por hectare tem crescimento estimado de 7,0%”, ela explica.
A assessora ainda observa que os produtores do Alto Paranaíba obtêm grandes safras de cebola em períodos sucessivos porque utilizam tecnologia em suas lavouras, além de contar com solo e clima adequados à cultura. “Outro aspecto a considerar é que a região é tradicional produtora de olerícolas, entre elas cenoura e alho”, observa Márcia Silva.
Depois do Alto Paranaíba, destaca-se na produção mineira de cebola a região Norte, com participação de 18,0% no total estimado para o Estado. Os plantios da região estão espalhados por 670 hectares. Já o Triângulo e o Noroeste de Minas respondem, respectivamente, por cerca de 6,0% e 5,0% da produção estadual.
A semeadura nos campos de cebola, em Minas Gerais, é no período de janeiro a junho, e a colheita de julho a novembro. Márcia Silva acredita que os produtores irão aumentar os investimentos em tecnologia para expandir a oferta porque estão estimulados pela média de preços obtida pela olerícola em 2010. A cotação média do produto no atacado da CeasaMinas (entreposto de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte),hHorizH entre janeiro e agosto de 2010, foi de R$ 1,38 o quilo.
Para Amaury Matsushima, gerente comercial da empresa Ribeiragro, de Patos de Minas, o cenário é favorável ao aumento da produção de cebola. Ele diz que os produtores do Alto Paranaíba tiveram uma boa receita principalmente com as vendas nos três primeiros meses deste ano, e acreditam que os resultados poderão ser melhores na próxima safra. “O preço da cebola oscila muito e, atualmente, as cotações não se comparam com as registradas no primeiro semestre deste ano. A cotação média do produto de melhor classificação, comercializado no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, na última semana de agosto, foi de R$ 10,80 o saco de 20 quilos”, informa o gerente. Ele diz ainda que os principais destinos do produto são os entrepostos da CeasaMinas, supermercados e sacolões. A cebola produzida na região tem compradores também no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Matsushima calcula que o lucro na comercialização da cebola pode alcançar até 100% em relação ao custo, dependendo das condições do mercado, principalmente se a oferta do produto estiver menor do que a demanda. Os produtores têm um gasto médio da ordem de R$ 20 mil por hectare, sobretudo com defensivos e adubos, e a colheita manual ainda predomina, mas de acordo com o gerente a utilização de máquinas está aumentando. Ele explica que os investimentos em tecnologia no plantio para o aumento de produtividade são cada vez mais indispensáveis, pois a mão-de-obra está ficando escassa. Além disso, embora nesta safra a área de cebola registre um aumento de 55,0%, conforme os dados do IBGE, os produtores estão adotando medidas para evitar novas expansões. “Por isso, o Alto Paranaíba é considerado atualmente a região mais tecnificada do país”, finaliza.
Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(31) 3215-6568
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