Prêmio Gestão Ambiental Rural COMIGO é entregue na Tecnoshow

16.04.2010 | 20:59 (UTC -3)

Foi realizada na tarde de sexta-feira (16/04) a entrega do 3º Prêmio Gestão Ambiental Rural COMIGO, em Rio Verde-GO.

O objetivo da COMIGO é buscar e reconhecer os cooperados que realizam trabalhos de conservação dos recursos naturais em suas propriedades em busca de uma atividade agropecuária sustentável. Ao todo, 15 proprietários receberam o troféu. O Prêmio nesta edição foi dividido em quatro grupos, cada um tendo três categorias estratificadas por tamanho de propriedade. Durante a premiação foi realizada a palestra Critérios Ambientais da Propriedade Rural, ministrada pelo consultor ambiental Emiliano Godoi.

A premiação foi aberta com discurso do presidente da cooperativa Antonio Chavaglia. “A importância deste prêmio é promover a discussão da questão ambiental, com destaque para a responsabilidade de preservar áreas e nascentes”, destacou Chavaglia. Ele também ressaltou a necessidade da votação imediata do novo Código Florestal, que está em discussão no Congresso Nacional.

Em seguida, o consultor ambiental Emiliano Godoi ministrou a palestra Critérios Ambientais da Propriedade Rural. Foi exposta por ele a nova realidade do produtor rural, que assumiu a condição de empresário agropecuário e por isso precisa estar mais atento à questão da sustentabilidade. A problemática da água e sua futura escassez na região também integrou o roteiro da apresentação. “O agricultor deve reconhecer a importância de manter o solo produtivo e evitar os riscos de desertificação do solo. Isso só é possível com a conservação das nascentes, questão que não envolve apenas a região das proximidades onde a água nasce e sim uma grande área que a circunda”, salientou Emiliano.

Premiação

O Prêmio Gestão Ambiental Rural COMIGO foi dividido em quatro grupos, que incluem os municípios que possuem unidade da cooperativa. No grupo 1 ficaram Rio Verde, Santa Helena de Goiás e Montividiu. O grupo 2 foi composto por Jataí e Serranópolis. Acreúna, Indiara, Jandaia e Paraúna compuseram o grupo 3. Já o grupo 4 incluem Iporá, Caiapônia e Montes Claros de Goiás. Em cada grupo foram premiadas três categorias: A, para propriedades de até 100 hectares; B para as que possuem entre 101 e 500 hectares e C, que engloba as propriedades com área acima de 500 hectares. Além dos premiados em cada categoria nos quatro grupos, foram escolhidos os destaques de cada categoria. O produtor Jesus Pereira da Silva (Montes Claros de Goiás) foi o destaque na Categoria A, Mário de Felício (Montes Claros de Goiás), na categoria B, e a Agropecuária Rio Paraíso (Jataí), na C.

Neste ano, o Prêmio recebeu número recorde de inscrições, com 197. O número é um salto, tendo em vista que na primeira edição, em 2008, teve 34 propriedades inscritas e no ano passado, 54. Nesta edição o município de Montes Claros de Goiás teve o maior número de inscritos, 71, e recebeu o troféu de menção honrosa. A cidade repetiu o feito do ano passado na premiação. Todas as propriedades que concorrem são visitadas pela equipe avaliadora da COMIGO, que analisa questões como a área de preservação permanente, destinação dos afluentes, armazenagem de combustível, conservação e descarte de embalagens de insumos agrícolas e ações de educação ambiental.

Confira abaixo os vendedores do Prêmio Gestão Ambiental Rural:

José Roberto Gazola, de Montividiu

Evânio da Silva Lima, de Jataí

Jânio Moreira da Silva Quadros, de Acreúna

Jesus Pereira da Silva, de Montes Claros

Antônio Pequito Tavares, de Rio Verde

José Luiz Nery Sierra, de Jataí

Valtênio Leonel de Souza, de Indiara

Mário de Felício, de Montes Claros

Wilhelmus Kompier, de Rio Verde

Agropecuária Rio Paraíso, de Jataí

Geraldo Ferreira Viana, de Indiara

Aredizon silva Andrade, de Caiapônia

Palestra sobre preservação de nascentes atrai público durante TECNOSHOW COMIGO

A preservação dos recursos hídricos naturais está cada dia mais em pauta no meio rural. Seguindo a demanda de busca por informações de produtores e agricultores, a TECNOSHOW COMIGO ofereceu na manhã de hoje, 16, palestra com a temática “Preservação e Recuperação de nascentes”, que lotou o auditório II. A apresentação foi ministrada pelo professor Rinaldo de Oliveira Calheiros, doutor em irrigação e drenagem, membro do Instituto Agronômico de Campinas.

Seguindo uma “receita”, como Calheiros pontuou, é possível repassar conhecimentos básicos que garantem a preservação dos cursos d’ água. Essas medidas de conservação não servem para atender somente a legislação ambiental, mas também são ações a favor da continuidade do aproveitamento da água para as futuras gerações. “O ciclo hidrológico determina que a água presente na Terra nunca acabará. No entanto, isso diz respeito aos mares, não aos rios. E os processos de dessalinização, a exemplo do utilizado em Israel, são demasiadamente caros e inviáveis para abastecer a população mundial”, explicou o professor.

Conforme a palestra pontuou, as principais causas de degradação das nascentes são as enxurradas nas encostas dos morros; retirada da vegetação nativa do raio de preservação; manuseio incorreto do gado, que pode pisotear e compactar o solo da área; construções inadequadas nas proximidades, como estradas e fossas, e agricultura que utiliza pulverizadores tóxicos em locais próximos às nascentes e lençóis freáticos.

É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem. Para deter a deterioração das nascentes, os primeiro passo apontado na apresentação foi diminuir os danos causados pela enxurrada. Aumentar a rugosidade do solo das encostas, para não deixar que a água escoe desde o início do morro, para tentar reter a água o máximo possível. Com auxílio de gráficos, Calheiros explanou que as gotas da chuva e os sedimentos fazem um selamento da superfície, provocando obstrução dos poros do solo, que ocasiona diminuição da capacidade de infiltração ao longo do tempo.

“O necessário é adotar práticas para que água da chuva perca a força de escoagem”, frisou o pesquisador. Implantação de cobertura vegetal, combinação de culturas de rotação, manejo de pastagem, curvas de níveis, terraceamento, entre outras medidas, colaboram para evitar deterioração do solo, que consequentemente afeta cursos d’água.

Antes de adotar qualquer medida na propriedade onde há uma nascente, Calheiros ressaltou que é necessário procurar um órgão ambiental competente, que de acordo com a legislação, irá auxiliar o manejo correto, já que qualquer intervenção deverá ser autorizada por órgão competente, a fim de evitar medidas que interfiram de forma negativa na nascente. “Um exemplo de manejo, que muitos consideram adequado é o plantio de árvores ao redor da nascente. Muitas vezes, essa pode não ser a prática mais adequada para o tipo de vazão. É preciso realizar um estudo, que irá determinar qual o tipo de vegetação mais apropriada”, explicou citando o exemplo de nascentes na região Nordeste, onde em vez de plantar árvores, o indicado para proteção é plantar capim.

A fim de conscientizar e ensinar produtores e agricultores, Calheiros, em parceria com a Secretaria Ambiental de São Paulo, produziu uma cartilha que orienta quanto à preservação e manejo das águas pluviais. O material pode ser encontrado gratuitamente no site da secretaria ou no endereço É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.

TECNOSHOW COMIGO presta homenagem ao idealizador do Circuito Ambiental

Idealizador do Circuito Ambiental, em 2007, e defensor dedicado da preservação dos recursos naturais, o técnico em agropecuária da Emater, no Paraná, Hamilton José Lisboa - morto no ano passado, foi homenageado pelos diretores da TECNOSHOW COMIGO em solenidade realizada no dia 16 de abril, no Centro Tecnológico COMIGO – CTC, em Rio Verde-GO. A partir da edição 2010 da Feira Tecnológica, o espaço do Circuito Ambiental recebe o nome do técnico em agropecuária, que dedicou sua vida a conscientizar sobre a importância de cuidar do meio ambiente.

A solenidade, promovida no próprio Circuito Ambiental, teve a presença da mãe de Hamilton, Alice Lisboa, irmã e sobrinha, Adenícia Lisboa e Josimara Lisboa, respectivamente, além das colegas de trabalho na Emater-PR, as engenheiras agrônomas Vânia Rejane Baratto e Lúcia Elaine de Freitas Cação. Também estiveram presentes o presidente da COMIGO, Antonio Chavaglia, e o vice-presidente administrativo financeiro, Dourivan Cruvinel de Souza, coordenadores, diretores e profissionais da Cooperativa, e visitantes da Feira. Na ocasião, foi feito descerramento de placa em homenagem a Hamilton Lisboa.

Exemplo de dedicação

Hamilton José de Lisboa trabalhou por 20 anos como técnico em agropecuária da Emater, no Paraná – seu estado natal. Ele iniciou as ações de conscientização e defesa do meio ambiente em 1998, na região Sul, durante o Show Rural, em Cascavel. Depois o trabalho passou a ser promovido em outros municípios e estados.

Em 2007, Hamilton foi convidado para idealizar um projeto voltado para a educação ambiental na Feira Tecnológica de Rio Verde e surgiu, então, o Circuito Ambiental. Na primeira edição do Circuito, o tema foi “Planeta terra, a casa que eu te aluguei”, que buscava a reflexão sobre as várias destruições causadas pelo homem no planeta. Na segunda edição, em 2008, a água e sua utilização foi o assunto debatido, que teve como título “Os 10 mandamentos da sobrevivência”. Já em 2009, Hamilton pensou no homem do campo e da cidade, e criou o tema “A história do Zé e a história do João”. A ideia foi mostrar que o lugar mais apropriado para o homem do campo viver é onde ele tem mais conhecimento e condições de sobreviver dignamente, que é o campo.

Tributo

Companheira de trabalho de Hamilton na Emater, no Paraná, a engenheira agrônoma Lúcia Elaine de Freitas Cação destacou a dedicação e o amor pelo trabalho que o técnico em agropecuária empreendia em sua atividade. “Ele sempre atuou na defesa do meio ambiente. E esse trabalho realizado em Rio Verde está aí para comprovar a preocupação que ele tinha e que tentou repassar aos produtores da região. Fico feliz que essa ideia do Hamilton tenha continuidade com o Circuito Ambiental”, informou. Para Vânia Rejane Baratto, engenheira agrônoma da Emater e parceira de atividade do técnico, a partida de Hamilton deixa uma lacuna difícil de ser preenchida. “Por onde passou, ele deixou uma fábrica de ideias, inspirando todos a ter vontade de fazer algo em prol da preservação do meio ambiente. Hamilton sempre teve ações criativas e se superava a cada ano”, ressaltou.

Emocionada, a sobrinha de Hamilton, Josimara Lisboa, agradeceu pela homenagem e disse que o tio era um exemplo de vida e que a família, os amigos e os companheiros de atividade sentem muito a falta da amizade e profissionalismo dele. “Sabemos que todos adoravam meu tio. O que esperamos agora é que a COMIGO continue o trabalho desenvolvido por ele, já que era o que mais gostava de fazer”, destacou.

O presidente da COMIGO, Antonio Chavaglia, ressaltou a importância do trabalho de responsabilidade socioambiental promovido por Hamilton para o Circuito Ambiental. “Ele tinha conhecimentos fundamentais para desenvolver o Circuito e por isso é respeitado por seu profissionalismo, caráter, dedicação e trabalho”, disse.

TECNOSHOW COMIGO discute a utilização de óleo vegetal como combustível para máquinas e veículos do transporte público

Projeto de lei que permite a comercialização e o uso de óleo vegetal refinado como combustível para veículos e máquinas agrícolas e veículos de transporte público urbano já está em vigor. Visitantes da Feira Tecnológica em Rio Verde-GO conheceram as vantagens do projeto, como a redução da poluição atmosférica

Estão em desenvolvimento em todo mundo projetos que buscam novas alternativas para reduzir a emissão de gás carbônico (CO2) na atmosfera. Um exemplo é a utilização de óleo vegetal como combustível em veículos. O assunto esteve em debate na TECNOSHOW COMIGO 2010, durante palestra realizada no dia 16 de abril, no auditório principal do Centro Tecnológico COMIGO – CTC, em Rio Verde-GO, pelo assessor técnico Paulo de Morais, representante do senador Gilberto Goellner (DEM-MT). A palestra integrou as atividades em comemoração ao Dia do Meio Ambiente da TECNOSHOW COMIGO, celebrado toda sexta-feira do evento.

O senador Gilberto Goellner é o autor do projeto de lei (PLS 81/08), que permite a comercialização e o uso de óleo vegetal refinado como combustível para veículos e máquinas agrícolas e veículos de transporte público urbano. O projeto também autoriza as indústrias refinadoras a produzir o óleo vegetal refinado para uso como combustível e a comercializá-lo diretamente ao consumidor. Segundo Paulo Morais, a produção de óleo vegetal no Brasil é pequena, com 6,5 bilhões de litros por ano, e não acompanha a demanda de diesel, que está no patamar de 45 bilhões de litros por ano. “Por este motivo, o projeto é destinado, em um primeiro momento, para o setor agropecuário, com as máquinas, e na área urbana com os ônibus de transporte de pessoas”, ressaltou.

Paulo Morais informou ainda que existe a parceria firmada com a Prefeitura de Goiânia para que, no prazo de cinco anos, parte da frota dos ônibus que circulam na capital goiana seja adaptadas para ter como combustível o óleo vegetal. “Com isso terá uma redução de 20% na emissão de gases poluentes na atmosfera, além da redução de custos, já que o óleo tem valor abaixo do diesel”, disse. Outras parcerias estão em negociação com as prefeituras de Curitiba (PR) e São Paulo (SP) para adoção do projeto. O objetivo também, segundo Morais, é colocar o projeto em ação nas 12 cidades-sede para a Copa do Mundo. “Podemos mostrar que o Brasil se preocupa em cuidar do nosso planeta”, reforçou.

Vantagens

Pesquisa da Folha de São Paulo divulgada em 2009 revela que a poluição acelera a morte de 20 pessoas por dia no estado de São Paulo. Do total de veículos que circulam diariamente na capital paulista, 10% dos carros são responsáveis por 45% das emissões de gases poluentes na atmosfera. Essa realidade pode ser alterada, segundo Paulo Morais, se projetos como o da introdução de óleo vegetal como combustível forem implantados. Entre as vantagens da substituição do diesel por óleo vegetal refinado nos motores dos ônibus urbanos e máquinas agrícolas está a significativa melhoria das condições do ar, com reflexos extremamente positivos na saúde e na qualidade de vida da população. Além disso, se comparado ao preço do diesel e biodiesel, o óleo vegetal tem valor bem reduzido e faz 21 quilômetros por litro.

Informações adicionais sobre o evento:

Fonte: Oficina de Comunicação – (62) 3225-4899

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