CNA: Câmara Setorial da soja é instalada
O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR) registrou queda de 0,96% na terceira quadrissemana de outubro, segundo o Instituto de Economia Agrícola, ligado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (IEA/Apta/SAA). Os produtos de origem animal apresentaram variação negativa de 3,41%, enquanto os preços dos produtos vegetais subiram 0,03%.
As quedas mais expressivas foram verificadas nos preços da carne de frango (12,75%), do tomate para mesa (11,18%), dos ovos (10,07%), do leite tipo C (6,15%), do milho (5,09%) e da banana nanica (5,01%). Os preços dos produtos granjeiros (aves e ovos), além do leite tipo C, continuam com tendência de queda, garantindo fontes de proteínas mais baratas aos consumidores e contribuindo de forma significava para o índice negativo.
O milho e a banana também tiveram a mesma redução, segundo análise do IEA. No caso do milho, por ter pequena queda de preços na última semana. Já a banana apresentou inversão de tendência, com aumento nos últimos dias.
As altas mais significativas foram observadas nos preços da batata (19,27%), do feijão (11,95%), da carne suína (8,79%), do arroz (6,37%), da cana-de-açúcar (1,14%), da carne bovina (1,02%) e da soja (0,64%). Os preços da batata recuperaram-se de baixa muito acentuada em setembro, quando atingiram valores inferiores a R$16 por saca.
Os elevados preços do feijão estimularam fortemente o plantio. Em termos nacionais, a intenção de plantio na safra das águas está estimada entre 1,43 milhão e 1,47 milhão de hectares. Isso configura crescimento de 8,6% e 11,6%, respectivamente, em relação à safra passada, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
No sudoeste paulista, a maior produtora de feijão no Estado, a área plantada saltou de 25 mil hectares para 40 mil hectares, um aumento de 60%. O feijão plantado em pleno inverno começa a ser colhido e vendido a preços menores que os do feijão irrigado (R$ 187 na terceira semana de outubro contra R$199 na segunda semana). A tendência é a continuidade da queda de preços nas próximas semanas, o que se refletirá nas próximas quadrissemanas.
Os produtores de suínos, depois de repassar para os preços a elevação de seus custos de produção, passaram a ampliar sua margem de lucro, induzindo os consumidores a buscar outras fontes de proteína (aves e ovos com preços em baixa) e restabelecer o equilíbrio no mercado. A evolução dos preços de suínos indica que o movimento de alta está se esgotando (a variação na última semana foi de R$ 68,33 para R$ 68,54), possivelmente em função da retração do mercado.
A análise foi elaborada pelos pesquisadores Eder Pinatti, Raquel Sachs, José Alberto Ângelo, José Sidnei Gonçalves e Luis Henrique Perez. A íntegra está disponível no site www.iea.sp.gov.br.
Euzi Dognani/Adriana Rota/Nara Guimarães
Assessoria de Comunicação da Secretaria
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José Venâncio de Resende
Assessoria de Comunicação da Apta
11 5067-0424
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