Após atravessarem patamares baixos, preços dos cafés sobem no final de 2019
Até o mês de outubro, os valores estavam enfraquecidos, devido perspectivas de oferta ainda confortáveis no ano safra 2019/20
O mercado nacional de café arábica têm apresentado baixa liquidez nas últimas semanas. Além da habitual retração de agentes consultados pelo Cepea, devido às comemorações e ao recesso em virada de ano, a forte variação dos preços externos e internos reforçou o cenário de poucos negócios.
Na Bolsa de Nova York (ICE Futures), na última quinzena de 2019, o contrato Março/20 (de maior liquidez) chegou a variar mais de 1.000 pontos, influenciado especialmente por fatores técnicos e movimentos cambiais. No Brasil, o cenário foi praticamente o mesmo.
No dia 16 de dezembro de 2019, o Indicador CEPEA/ESALQ do café tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, atingiu o maior valor desde 13 de fevereiro de 2017 (em termos reais – os valores foram deflacionados pelo IGP-DI de novembro/19), a R$ 571,63/saca de 60 kg. Desde então, os preços recuaram fortemente, indo para R$ 509,50/sc na terça-feira, 7 de janeiro.
Quanto à liquidez interna, a expectativa de agentes consultados pelo Cepea é de que siga limitada nos próximos dias. Apesar de muitos agentes retornarem efetivamente ao mercado nesta semana, os baixos preços do café e o volume significativo de grãos comercializados até a primeira quinzena de dezembro de 2019 devem desestimular produtores a venderem sua mercadoria.
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