Preços ao produtor caem 1,11% na primeira quadrissemana de novembro

15.11.2008 | 21:59 (UTC -3)

Na primeira quadrissemana de novembro, o Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR), ou seja, pagos ao produtor, registrou queda de 1,11%. Os índices dos produtos de origem vegetal (IqPR-V) e animal (IqPR-A) apresentaram variação negativa de 0,10% e 3,63%, respectivamente. É o que informam os pesquisadores do Instituto de Economia Agrícola, ligado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (IEA/Apta/SAA).

Os produtos que registraram altas foram batata (10,06%), banana nanica (8,08%), arroz (3,75%), laranja para mesa (3,42%), cana-de-açúcar (1,56%), laranja para indústria (0,75%) e carne bovina (0,65%). “Para a batata continua a recuperação dos preços, devido à baixa muito acentuada ocorrida em setembro, quando atingiu R$ 15,95 por saca de 50 quilos”, comentam os pesquisadores.

Os produtos com maiores quedas foram feijão (28,22%), tomate para mesa (28%), ovos (10,84%), amendoim (10,01%), carne de frango (8,25%), carne suína (7,20%) e milho (7,06%).

“Os preços do feijão repercutem em cheio a diferença entre os últimos lotes da safra de inverno e os primeiros da safra de verão, que começou a ser colhida. A queda dos preços do tomate aparenta estar dentro do típico padrão sazonal, por outro lado, a redução de preços do amendoim não condiz com as variações observadas em anos anteriores, que foram de pequena alta nesta época do ano. Os preços dos suínos, em São Paulo, caíram em função da oferta de produto mais barato originado de Santa Catarina”.

Enquanto os preços de ovos e leite continuaram suas trajetórias de queda, explicam os analistas, os preços do frango começaram a apresentar estabilidade, indicando que atingiram o limite de queda. “O governo deve liberar R$ 200 milhões nos próximos dias para socorrer produtores de leite do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais. Aparentemente há um excedente de 1,4 bilhão de litros no mercado interno, ameaçando acentuar a queda de preços e deixando o produtor no vermelho”, observam.

Os responsáveis pelo levantamento são os pesquisadores Eder Pinatti, Raquel Sachs, José Alberto Ângelo, José Sidnei Gonçalves e Luis Henrique Perez. (Veja tabelas no site do IEA - www.iea.sp.gov.br)

Fontes: Assessoria de Comunicação da Secretaria - http://www.agricultura.sp.gov.br/ e Apta - 11 5067-0424