Portaria suspende entrada de cargas do Paraguai em Santa Catarina

21.09.2011 | 20:59 (UTC -3)
Anna Bellani

Nesta quarta-feira (21), a Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca anuncia assinatura de Portaria n°59/2011 que suspende preventivamente o ingresso de produtos ou subprodutos de origem animal e vegetal originários do Paraguai em Santa Catarina. A medida foi tomada a partir de Decreto assinado ontem (20) pelo Governador Raimundo Colombo estabelecendo situação de alerta sanitário preventivo no Estado, devido ao foco de febre aftosa localizado inicialmente em uma propriedade no departamento de San Pedro, no Paraguai.

De acordo com o secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, João Rodrigues, a portaria impede que o vírus da febre aftosa entre em Santa Catarina, principalmente por meio de caminhões que transportam grãos. “Algumas agroindústrias catarinenses importam grãos do Paraguai, que podem estar contaminados. A medida é cautelar e será valida por 15 dias, podendo ser prorrogada mediante avaliações sanitárias”, explicou Rodrigues.

A Portaria não atinge produtos e subprodutos de origem animal e vegetal submetidos a processamento industrial suficiente para a inativação do vírus da febre aftosa, desde que acompanhados da documentação sanitária pertinente. A medida não atingirá também produtos de origem vegetal oriundos do Paraguai que se destinam a portos marítimos localizados em Santa Catarina, com finalidade exclusiva de exportação. Os veículos transportadores dessas cargas somente poderão ingressar em Santa Catarina por meio do posto fixo de fiscalização do município de Garuva, onde serão desinfetados e lacrados pela Cidasc.

Em reunião ocorrida ontem com o Governador Raimundo Colombo, ficou acordado que as medidas preventivas deverão ser feitas em conjunto com Cidasc, Exército e Polícia Militar. Nas fronteiras Oeste, os barreiristas da Cidasc já contam com o apoio de soldados do Exército.

Segundo o presidente da Cidasc, Enori Barbieri, a estrutura da empresa está priorizando as medidas preventivas de proteção ao território catarinense. “Nossa zona de atenção máxima está nas fronteiras”, disse o presidente.

“O Estado, por meio da Cidasc e Secretaria da Agricultura, conta com a colaboração dos produtores rurais e da sociedade catarinense para que o problema não atinja o nosso rebanho, que é de vital importância para economia”, concluiu João Rodrigues.

Em 2007, Santa Catarina obteve a certificação internacional da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como Estado livre de febre aftosa sem vacinação. O Estado é o único do Brasil a conquistar este status. De acordo com o secretário da Agricultura e da Pesca, João Rodrigues, o Estado está tomando todas as medidas preventivas para manter o reconhecimento da OIE.

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