Plantas daninhas ameaçam qualidade do milho na segunda safra

Cocari reforça manejo e monitoramento para evitar contaminação por sorgo invasor

11.07.2025 | 14:33 (UTC -3)
Cocari

Com o início da colheita do milho segunda safra, os produtores rurais precisam ficar atentos à presença de plantas daninhas presentes na cultura, especialmente o sorgo, que pode causar sérios problemas principalmente na comercialização do grão. É importante ressaltar que existe o sorgo plantado como cultura e o sorgo que é considerado planta invasora conhecido na região como vassoura, vassourinha ou vassoura-de-bruxa, entre outros nomes comuns.

A Cocari reforça a conscientização e atenção para a presença dessas plantas nas lavouras, destacando a necessidade de um manejo adequado para evitar prejuízos. Em 2024, a cooperativa enfrentou desafios com a presença dessas sementes em cargas de milho, uma situação que não é exclusiva da Cocari, mas que também afeta outras instituições.

Identificação e prevenção

O supervisor do Departamento Técnico da Cocari, Fábio Ribeiro, explica que o sorgo é uma planta de difícil identificação da espécie apenas pela semente, por isso é mais seguro não colher essas invasoras junto com a cultura.

“Essas plantas existem nas nossas áreas de atuação, perto de postes, bordadura das áreas e onde ocorre alguma falha na pulverização de herbicidas, se desenvolvendo e sementeando junto com a cultura. É muito importante orientar nossos produtores para sempre adquirir sementes certificadas, com rastreabilidade de procedência e livre de impurezas para semear, e também recomendar que: qualquer espécie de sorgo (S. halepense, S. almum, S. arundinaceum), que permanecer na área até a colheita do milho deve ser retirado, para não ser colhido junto”, alerta Fábio, apontando que o sistema de limpeza da colheitadeira e das máquinas de beneficiamento de grãos não conseguem ser 100% eficientes, na separação das impurezas e contaminantes.

Ele compara a situação do sorgo com a da mamona. “Hoje, o produtor rural sabe que ao encontrar uma planta de mamona na área, deve retirar imediatamente, para evitar a contaminação da carga. Da mesma forma, é determinante que o produtor adote a mesma prática em relação ao sorgo ou qualquer outra espécie considerada praga quarentenária”, enfatiza.

Fábio Ribeiro ressalta que a conscientização sobre a importância de não colher plantas de sorgo junto com o milho é vital, para evitar problemas futuros na comercialização. Dessa forma, a Cocari, por meio dos consultores do Departamento Técnico, está empenhada em recomendar manejos eficientes de controles de ervas daninhas durante todo ano independente da cultura implantada, respeitando a legislação e alertando os produtores sobre a necessidade de monitorar suas lavouras e remover qualquer planta invasora de forma química ou mecânica. 

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