Percevejos, mosca-branca e outras pragas causam perdas de mais de 50% na produção de soja
Pesquisadores apontam o uso de produtos químicos e biológicos e o manejo estratégico como forma de controlar essas pragas
Com o crescimento de tecnologias, fica cada vez mais fácil para o agricultor desenhar a melhor estratégia de administração do negócio e com isso verticalizar a sua produção. É preciso estruturar, monitorar e avaliar constantemente pessoas, processos e resultados. Soluções como a irrigação garantem inúmeros benefícios como autonomia, garantia de qualidade do produto, economia e, consequentemente, lucratividade.
Como exemplo temos a irrigação por gotejamento subterrâneo. Utilizada, tradicionalmente, há vários anos, em diferentes cultivos, como café e cana-de-açúcar, a solução vem ganhando espaço e crescendo anualmente em fazendas de grãos e fibras em diferentes regiões produtoras no Brasil. A busca por crescimento contínuo, ocorreu nas mais variadas culturas irrigadas pelo sistema de gotejamento, a tecnologia proporciona benefícios e traz ao produtor menor demanda de água e energia elétrica, melhor aproveitamento da área, bem como, o aumento da produtividade através da técnica da Nutrirrigação, aplicando os nutrientes através da água de forma parcelada e uniforme.
“Desde a implementação do primeiro projeto de irrigação por gotejamento subterrâneo para o cultivo de grãos no Brasil, feita pela Netafim, em 2012, na Fazenda Três Capões, em uma área de 81 ha, no município de Palmeiras das Missões/RS, os resultados de produtividade da soja e milho, com a utilização da tecnologia, mostraram-se muito promissores, com safras atingindo produtividades superiores a 100 sacas/ha de soja e 280 sacas/ha de milho, resultado muito superior às médias da Fazenda nas condições de sequeiro”, conta William Roberto Damas, especialista agronômico em grãos e fibras da Netafim.
Com o conhecimento gerado na Fazenda Três Capões, a tecnologia passou por um processo de evolução técnica e agronômica, com conceitos de projetos personalizados e adaptados para cada tipo de área, tubos gotejadores com maiores comprimentos de linha, ganhando rendimento na instalação e menos interferências dentro da área, implementos modernos para instalação dos tubos gotejadores gerando rapidez e qualidade na operação e novas tecnologias digitais de controle e automação, como o Netbeat, proporcionando maior eficiência no manejo da irrigação, Nutrirrigação, com informações na “palma da mão” para ajudar o produtor em suas tomadas de decisão diárias.
“A Fazenda Tabapuã dos Pirineus, localizada no município de Cocalzinho, em Goiás/GO, é mais um exemplo de Fazenda que vem extraindo muito valor da tecnologia, obtendo um salto de 76% na produtividade da soja em seu projeto de 24 ha. Com a irrigação por gotejamento, a eficiência na utilização da água, a qual chamamos de produtividade da água, fica muito evidente. Como exemplo, na produção de soja na Fazenda Tabapuã, no sequeiro para cada saca produzida foram necessários 9,6 mm de água, enquanto no irrigado por gotejamento subterrâneo 6,6 mm. No último milho de segunda safra 2020, o resultado de produtividade da fazenda foi muito satisfatório na irrigação por gotejamento, atingindo a produtividade de 210 sacas/ha, 50% superior às médias de produtividade de milho safrinha da região, que são em torno de 140 sacas/ha", relata Damas.
Atualmente a Netafim conta com inúmeros projetos de gotejamento subterrâneo para grãos em escala comercial, destacando projetos de grande porte já em funcionamento, como um de 400 ha na região de Campo Grande/MS, e outros projetos nas mais variadas regiões produtoras de grãos de Norte ao Sul do país.
O engenheiro detalha ainda que, além dos cultivos tradicionais, como soja, milho e feijão, a tecnologia vem trazendo resultados também no cultivo do algodão. Em projetos demonstrativos com a tecnologia nas regiões do Mato Grosso e Oeste da Bahia, tradicionais regiões produtoras, com o gotejamento subterrâneo vem se obtendo produtividades acima das 420@ de algodão em caroço por hectare nos cultivos de primeira e segunda safras, resultados sendo atingidos pela aplicação de água e nutrientes de forma parcelada ao longo de todo ciclo fenológico da cultura e sem causar molhamento superficial dos capulhos abertos da planta, garantindo mais produtividade e qualidade da pluma.
“Com os excelentes resultados em produtividade, incluímos a possibilidade de realização de uma terceira safra no ano agrícola, trazendo uma maior rentabilidade ao produtor, além do rápido retorno do investimento, sendo em torno de 2 a 3 anos, comparando-se com as condições em sequeiro”, finaliza Damas.
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