A Atvos, segunda maior produtora de etanol do Brasil, obteve da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) habilitação para realizar voos BVLOS (Além da Linha de Visada Visual), modalidade inovadora para o setor sucroenergético. Com esse recurso, será possível realizar um monitoramento digital agrícola preciso abrangendo uma área maior em menos tempo.
A autorização foi concedida a dois operadores do Polo Taquari (MT/MS) que agora podem operar voos acima de 400 pés de altura (121 metros), sem contato visual com o equipamento. Na classe anterior utilizada pela empresa, o piloto precisava manter o drone em seu campo de visão. Apenas seis pessoas em todo o Brasil possuem licença para voos BLVOS.
Com mais altitude e amplitude de raio, é possível aumentar a eficiência do sistema sem reduzir eficácia. Isso significa que, em um dia, os pilotos dos drones conseguem mapear pelo menos 400 hectares de plantio de uma unidade agroindustrial. Por meio de imagens de alta definição, identifica-se qualquer anomalia no canavial, com precisão de até cinco centímetros por pixel.
“O uso dessas tecnologias dá mais agilidade e eficiência nas decisões diárias que são convertidas em aumento de produtividade no campo. Somando as áreas da empresa e de parceiros, a Atvos tem aproximadamente 510 mil hectares de cana-de-açúcar. Por isso, o melhor desenvolvimento do canavial depende de informações cada vez mais confiáveis”, explica Rodrigo Vinchi, diretor de Tecnologia Agrícola da Atvos.
Desde a safra passada (2018/2019), a empresa utiliza Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPA – Remotely Piloted Aircraft) para gerenciamento da qualidade em tempo real nas áreas de plantio. Por meio da fotogrametria são obtidas análises topográficas e qualitativas, entre elas as propriedades do terreno, declividade, escoamento superficial da água, quantificação de falhas de plantio e identificação de ervas daninhas.