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Os trabalhos desenvolvidos por pesquisadores da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), com foco no desenvolvimento de uma nova cultivar de soja com características especiais para a alimentação humana, estão em fase final.
O desenvolvimento começou em 2006, em parceria com a Embrapa. A ideia, gerar cultivares de soja voltadas à alimentação humana e com características aprimoradas.
Para o desenvolvimento da nova cultivar de soja convencional para a alimentação humana, os pesquisadores optaram por cruzamentos a partir de variedades com propriedades consideradas ideais, como grão de cor marrom ou preta, tamanho expressivo e teor de proteína elevado.
As cultivares BRSMG 715A, BRSMG 790A e BRSMG 800A, registradas pela Epamig, atendem aos atributos desejados e foram utilizadas no processo de cruzamento que segue avançando em gerações e, atualmente, chega em sua etapa final.
“Conseguimos definir que os trabalhos estão próximos de serem finalizados quando existe uma uniformidade e número expressivo de plantas, o que permite a repetição das parcelas para a realização de avaliações e análises estatísticas. A partir desse cenário, conseguimos identificar os materiais com melhor desempenho”, explica Ana Cristina Juhász, pesquisadora da Epamig.
“Por meio de diversos equipamentos e tecnologias, buscamos avaliar todos os aspectos: o desempenho agronômico, o ciclo de produção, o porte das plantas, a inserção da primeira vagem, entre outros. Todos os critérios são analisados parcela por parcela”, complementa Ana.
A pesquisadora também ressaltou que, após a fase da colheita, os grãos são processados para que sejam realizadas análises relativas às características gustativas e tempo de cozimento.
Para que o trabalho de pesquisa seja finalizado, será necessário o plantio da nova cultivar em outras duas Regiões Edafoclimáticas de Cultivo (REC), que são as áreas definidas por condições específicas de solo, clima e latitude, contribuindo para orientar o cultivo mais adequado da variedade.
Após a fase de plantio, que tem duração estimada de dois anos, a nova cultivar poderá ser registrada junto ao Ministério da Agricultura (Mapa).
“A partir do registro, faremos o trabalho de difusão com os produtores, levando uma soja livre de transgênicos e de alto potencial para a alimentação humana, além de permitir diversificação da produção indo além da indústria de óleos”, pontuou Ana.
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