Pesquisas brasileiras sobre cafeicultura regenerativa ganham destaque em congresso no Japão

Pesquisadoras Madelaine Venzon e Wânia dos Santos Neves apresentaram avanços em controle biológico no maior evento mundial de Entomologia, em Kyoto

04.09.2024 | 10:29 (UTC -3)
Mariana Vilela Penaforte de Assis
Foto: arquivo
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As pesquisadoras da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) Madelaine Venzon e Wânia dos Santos Neves participaram entre os dias 25 e 30 de agosto do 27º Congresso Internacional de Entomologia (ICE 2024), em Kyoto no Japão. Na oportunidade, foram apresentadas tecnologias de Controle Biológico Conservativo de Pragas do Cafeeiro para a Cafeicultura Regenerativa, desenvolvidas nas últimas duas décadas.

“Participei como autora e coautora de dois pôsteres e de um trabalho oral. A pesquisadora Wania Neves foi coautora de um dos trabalhos e meus orientados Elem Martins (pós-doc), Jessica Martins (doutoranda) e Douglas Ferreira (doutorando) apresentaram pôsteres. Além disso, nós fizemos parte da missão do Brasil que apresentou proposta para sediar o próximo evento, daqui a quatro anos, no Rio de Janeiro”, conta Madelaine Venzon.

Sob o tema “Novas descobertas pela consiliência”, o evento abordou temáticas como controle biológico de pragas, biodiversidade, agroecologia, manejo, por meio de palestras, simpósios, apresentações orais, sessões de pôsteres e premiações, com a participação de profissionais de diferentes países. “Trata-se do maior e mais importante evento mundial da área de Entomologia, no qual tivemos a oportunidade de estreitar o contato com pesquisadores, brasileiros e estrangeiros”, aponta a pesquisadora.

Dentre os contatos estabelecidos, Madelaine Venzon destaca alguns que vão se converter em parcerias entre a Epamig e instituições da Ásia e dos Estados Unidos. “Foram muitos contatos e reuniões técnicas, por exemplo, com o doutor Agenor Mafra Neto, pesquisador e sócio fundador da Isca Technologies da Califórnia, com o qual teremos parceria na área de controle comportamental de pragas do café; com o professor Jason Schimit da Universidade da Geórgia, que irá colaborar conosco e pretende ficar um período no Brasil como pesquisador visitante; e com a pesquisadora Pheophanh Soysouvanh da Universidade Nacional de Laos que quer parceria para aplicar as tecnologias de controle biológico de pragas no Vietnã e em Laos”, detalha.

“Também tive a oportunidade de interagir com o professor Gurr Geoff, da Universidade Charles Sturt da Austrália, que é uma das minhas referências em controle biológico conservativo”, completa a pesquisadora.

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