Nutrição do solo ajuda a potencializar pomares de oliveiras
O alumínio, em solos ácidos, e a falta de cálcio estão entre os principais responsáveis pela baixa produtividade nos pomares, alertam os especialistas
Uma pesquisa em soja e milho safrinha conduzida pela Fundação MS, realizada nas safras 2017, 2017/18 e 2018, atestou a maior disponibilidade de cálcio (Ca) e de magnésio (Mg) no solo, a partir da segunda safra tratada com Microgeo. Graças ao processo chamado de biossolubilização de rochas, como o calcário, os ganhos em solos com Microgeo foram de até 19% no Ca e 22% no Mg, quando comparado com as áreas testemunha (padrão sem Microgeo), em função da maior eficiência do calcário.
Os dois minerais advêm da calagem, um processo de rotina na correção do solo, que se tornou um obstáculo com a disseminação do plantio direto por dificultar a incorporação do calcário, como também é desafiador sua incorporação nas culturas perenes já implantadas e efetuado até na soqueira da cana-de-açúcar.
“No plantio direto, se o agricultor arar ou gradear o solo, vai comprometer essa técnica. Ao deixar de incorporar o calcário, a eficiência da correção do solo fica afetada. Nos cultivos perenes e semiperenes, o solo é revolvido somente no plantio. Depois, a calagem é feita na superfície e com resultados poucos expressivos”, detalha o Diretor Comercial da Microgeo, Caio Suppia.
Segundo Suppia, a relevância dos ganhos para os diferentes sistemas de plantio é a motivação para apresentar a pesquisa na Showtec, entre os dias 16 e 18 de janeiro, na cidade de Maracaju, no Mato Grosso do Sul. Considerado o maior evento agro do Estado, ele reunirá os principais players e os lançamentos tecnológicos do setor. No estande C6a, a empresa Microgeo detalhará como a pesquisa foi conduzida.
“Em linhas gerais, os resultados foram possíveis porque os microrganismos são agentes centrais do processo de solubilização das rochas. A prática da Adubação Biológica Microgeo, ao repor e estimular o microbioma do solo, conta com a ocorrência de diferentes espécies de microrganismos que realizarão funções metabólicas diversas, que, por sua vez, proporcionarão as reações químicas necessárias para solubilizar os carbonatos ricos em cálcio e magnésio” explica o Diretor de P&D da Microgeo, Eng. Agr. Paulo D´Andréa. Ele acrescenta que a concentração de íons de cálcio e magnésio aumentará na solução do solo e na adsorção destes íons na capacidade de troca de cátions (CTC), tornando o solo quimicamente mais fértil pela ação biológica do Microgeo.
Entre os agricultores que já se beneficiam da biossolubilização está Clemir Barrilli, que utiliza o Adubo Biológico Microgeo na propriedade rural há cerca de seis anos, nos cultivos de soja, milho, trigo e aveia, no Rio Grande do Sul. “Durante todo este período, existem áreas em que eu nem precisei fazer a reposição do calcário”, conta. Segundo ele, além da maior eficiência do calcário e no aumento do pH do solo, foi percebido o aumento dos níveis de fósforo e potássio. “A diferença é nítida, ainda mais se comparado com propriedades vizinhas que não utilizam o Microgeo nos mesmos tipos de culturas”, finaliza.
Outros dois produtores de Rio Verde, em Goiás, falaram dos ganhos com a biossolubilização. Robson Vian cultiva soja, milho e sorgo. Ele está na sétima safra com aplicação de Adubo Biológico Microgeo e percebe a evolução dos indicadores de resultados. “Na primeira safra, notamos a melhora na descompactação do solo. Na segunda, percebemos mudança no enraizamento, com raízes maiores e mais grossas, principalmente no milho. E agora, o que nos chamou a atenção foram os resultados na calagem”, recordou Vian. Trabalhando com técnica de plantio direto, ele faz a calagem na superfície. Na próxima safra, ele estima uma redução de 20% com os custos operacionais envolvidos nesse processo.
Também em Goiás, Rodrigo Leão cultiva soja e milho e há cinco safras faz aplicação do Microgeo. “Nos períodos de estresse hídrico, a plantação chegou ao pleno potencial produtivo, sem danos. A descompactação do solo favoreceu esse ganho”, enfatizou Leão. Com os resultados da pesquisa da Fundação MS, ele acredita que poderá reduzir o investimento em calagem nas próximas safras, somando outros ganhos de produtividade.
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