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No período de 19 a 23/02, esteve em visita na Embrapa Trigo, em Passo Fundo, RS, o pesquisador Greg Mellers, especialista em genética, que atua no Instituto Nacional de Botânica (NIAB), na Inglaterra. O objetivo foi discutir os resultados do projeto que está sendo desenvolvido no convênio Embrapa/NIAB/John Innes Centre/BBSRC, que visa aproximar pesquisadores brasileiros e britânicos em busca do controle genético da giberela e da brusone em trigo.
Para facilitar o intercâmbio de informações, germoplasma e a promover a maior interação entre os pesquisadores de trigo do Brasil e Reino Unido, em 2016, foi elaborado um projeto conjunto entre a Embrapa e o BBSRC (Biotechnology and Biological Sciences Research Council). O projeto “Explorando variabilidade natural e induzida visando resistência à giberela e à brusone em trigo”, busca identificar fontes genéticas de controle para estas doenças que ainda desafiam a comunidade científica mundial e colocam o Brasil na vanguarda dos conhecimentos devido a possibilidade de realizar pesquisas com trigo em clima sub-tropical.
Conforme pesquisador da Embrapa Trigo, Flávio Santana, a giberela é uma das mais importantes doenças que afeta a produção brasileira e mundial de trigo. Além de perdas no rendimento e na qualidade, a giberela ainda pode causar a contaminação dos grãos por micotoxinas, substâncias tóxicas produzidas pelo fungo causador da doença.
De acordo com o coordenador do projeto no Brasil, Pedro Scheeren, durante o encontro com o pesquisador do NIAB foram apresentados e discutidos, os resultados de pesquisas sobre a brusone e a giberela do trigo, que estão sendo realizadas no Brasil e na Inglaterra, dentro do convênio. Entre os resultados, ele destaca o uso de marcadores moleculares na identificação de genes de resistência, bem como o trabalho na identificação de novos genes. Para Luciano Consoli, pesquisador da área de biotecnologia da Embrapa, a identificação de marcadores genéticos, identificados por genes descobertos a partir dessas pesquisas, poderá auxiliar no desenvolvimento e criação de novas cultivares de trigo mais resistentes à doença. Da mesma forma, o pesquisador do NIAB, Greg Mellers, avalia que a possibilidade de empregar marcadores moleculares facilitará a seleção de plantas nas pesquisas futuras, porque ajuda a localizar o gene de resistência, mesmo em anos em que a doença não é muito expressiva.
O projeto encerra em 2019 e conta com o trabalho de três unidades da Embrapa: Trigo, Cerrado e Informática Agropecuária.
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