Pesquisador integra grupo de trabalho internacional sobre ácaro-mexicano

O ácaro T. mexicanus é originário das Américas e ataca diversas culturas agrícolas no Brasil, incluindo o coqueiro, maracujá, citros e anonácaeas como a graviola

28.10.2022 | 14:03 (UTC -3)
Embrapa
Adenir (à esq.) com pesquisadores internacionais em Paris; Foto: Divulgação EPPO
Adenir (à esq.) com pesquisadores internacionais em Paris; Foto: Divulgação EPPO

O pesquisador Adenir Teodoro, da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE), participou de um grupo internacional de trabalho (Expert Working Group) sobre o ácaro Tetranychus mexicanus. O grupo se reuniu na sede da European and Mediterranean Plant Protection Organization (EPPO), em Paris, de 17 a 21 de outubro. Teodoro foi convidado pela EPPO por sua formação em acarologia e reconhecida experiência com a praga e outros ácaros da mesma família. O grupo de trabalho envolveu pesquisadores da França, Holanda, Bélgica e Espanha.

O ácaro T. mexicanus, de nome vulgar ácaro-mexicano, é originário das Américas e ataca diversas culturas agrícolas no Brasil, incluindo o coqueiro, maracujá, citros e anonácaeas como a graviola. Esse ácaro foi encontrado na Europa pela primeira vez em 2018 e subsequentemente erradicado por meio da pulverização com produtos químicos. No entanto, a EPPO elegeu o ácaro para uma análise de risco (Risk Pest Analysis), dada a possibilidade de reintrodução em países membros e sua importância econômica na região de origem.

O grupo de trabalho elaborou uma análise de risco contendo os possíveis países nos quais o ácaro poderia se estabelecer, as culturas agrícolas e ornamentais mais prováveis de serem atacadas, possíveis formas de erradicação, contingenciamento e controle, além dos possíveis prejuízos aos países membros da EPPO. Com base neste documento, a EPPO decidirá se o ácaro será introduzido na lista de pragas quarentenárias dos países membros.

A EPPO abrange 52 países e atua na prevenção da introdução de pragas em sua área de atuação, e na limitação da dispersão de pragas no caso de sua introdução. Segundo o pesquisador, a oportunidade foi importante pela possibilidade de possíveis projetos em conjunto com os parceiros europeus por seu interesse nesta e em outras pragas, principalmente da cultura dos citros. 

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