Pecuarista só terá guia de trânsito animal na Amazônia se não desmatar

09.12.2009 | 21:59 (UTC -3)

“O Programa Boi Guardião é uma forma eficiente de conter o desmatamento em função da pecuária no bioma amazônico”, afirmou nesta quarta-feira (09/12) o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, em Marabá/PA.

O ministro explicou que o programa condiciona a emissão da Guia de Trânsito Animal Eletrônica (GTA) apenas para o pecuarista que não desmatar para abrir novos pastos no bioma amazônico.

Além disso, a partir do protocolo de intenções assinado nesta manhã, frigoríficos da região e supermercados se comprometeram a não comprar carne de produtores que desmatam áreas para suas atividades. O documento foi endossado por Stephanes, pela governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Stephanes reafirmou ainda que o Programa Boi Guardião está sendo executado em defesa dos interesses do País - que faz a sua parte - para chegar ao desmatamento zero na Amazônia. Já a governadora Ana Júlia reforçou a importância de se estabelecer políticas públicas usando tecnologia para permitir a produção agropecuária de forma sustentável.

De acordo com o ministro, o programa será bem sucedido porque foi construído em conjunto por todos os órgãos integrantes do processo, além dos próprios produtores. “Todos estão de acordo com a iniciativa e vão se empenhar na continuidade do trabalho extraordinário iniciado pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará).

O Programa Boi Guardião foi lançado na manhã desta terça-feira (9), em Marabá, um dos seis municípios que compõem a fase piloto. Os outros são Eldorado do Carajás, Água Azul do Norte, Ourilândia do Norte, Tucumã e São Félix do Xingu

Laila Muniz

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