Paraná inicia segunda fase de operação contra greening

Iniciativa visa orientar produtores, detectar focos e erradicar plantas sintomáticas na região do Vale do Ribeira

20.08.2025 | 17:13 (UTC -3)
Secretaria de Agricultura
Foto: Pablo Aqsenen
Foto: Pablo Aqsenen

A partir de segunda-feira (25), a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) realizará a segunda fase da operação Big Citros nas cidades de Cerro Azul e Doutor Ulysses, no Vale do Ribeira - principal região produtora de tangerinas do Estado. A operação visa baixar a incidência do greening, principal doença que afeta a citricultura no mundo, através de orientação aos produtores, detecção e erradicação das plantas sintomáticas.

A primeira fase da operação no Vale do Ribeira aconteceu entre o final de junho e início de julho deste ano - no início dos focos da doença na região -,  servindo como identificação e delimitação das propriedades afetadas, com a coleta de amostras e também a notificação dos produtores para erradicação das plantas doentes.

Carolina Garbuio, chefe da Divisão da Sanidade da Citricultura da Adapar, explica que a chegada do HLB nos pomares paranaenses pegou os produtores de surpresa, já que muitos não tinham conhecimento dos sintomas da doença, do psilídeo - inseto vetor da doença - e  como ela é transmitida. Segundo ela, a operação iniciou como um trabalho de divulgação, mostrando a todos o que é o greening. 

Para continuar a ação na região, a segunda fase da Operação Big Citros contará com 30 servidores da Adapar. Uma equipe será responsável por avançar a fiscalização em pontos estratégicos de propriedades não verificadas na primeira fase, e outra equipe de assistentes farão a fiscalização para o retorno em propriedades notificadas, para verificar se a erradicação das plantas sintomáticas foi feita e também para a instalação de armadilhas adesivas amarelas para monitoramento do inseto vetor.

Carolina explica que a fase de evolução dos pomares no momento é favorável, porém o clima atrapalha. “Agora as plantas estão brotando, então a chance de a gente encontrar o inseto vetor é um pouco maior, apesar de que o clima dificulta um pouco” diz.

Foto: Pablo Aqsenen
Foto: Pablo Aqsenen

A região tem aproximadamente 3 mil produtores de citros, mas apenas 700 estão cadastrados no Sistema de Defesa Sanitária Vegetal (SDSV) da Adapar. A chefe da Divisão da Citricultura da agência afirma que a operação servirá também para cadastrar as propriedades que não estão no sistema. A meta é visitar todas as propriedades da região.

Apesar das operações que estão movendo diversos servidores para o Vale do Ribeira, a fiscalização por parte do escritório regional da Adapar em Curitiba é contínua na região até o final do ano, fazendo a verificação de notificações e denúncias recebidas.

Viveiros 

A operação vai focar também na produção e comercialização de viveiros a céu aberto, que é ilegal, porém é praticada com frequência na região. Segundo Carolina, o fiscal vai na propriedade, identifica se é um produtor que produz sua própria muda e para terceiros, notificando para que ele se regularize. 

Segundo a Adapar, o Governo do Estado já está elaborando projetos de instalação de viveiros com a ajuda da pesquisa e extensão do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), para que os produtores possam produzir e comercializar suas próprias mudas atendendo às medidas sanitárias necessárias.

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