Deere registra lucro líquido de US$ 665,8 milhões no segundo trimestre
O lucro líquido esperado para o ano foi de US $ 1,6 bilhão a US $ 2 bilhões, refletindo as incertezas do mercado
Levantamento realizado pela Secretaria Nacional do Consumidor em supermercados identificou alta de alimentos em todo o país, principalmente o feijão, entre os meses de março e abril.
No geral, o preço do feijão teve aumento de até 70%, valor considerado abusivo, sem justificativa aparente; segundo o Código de Proteção e Defesa do Consumidor, em seu artigo 39, inciso X, o estabelecimento que realiza prática delituosa de aumento de preços de alimentos, sem justificativa, fica sujeito a multa do estabelecimento e outras penalidades que pode até resultar em prisão.
Um motivo hipotético, poderia ser por causa do novo coronavírus e seus reflexos com o isolamento social que estaria elevando os custos de produção e transporte. Isto, no entanto, não é motivo para se justificar a alta praticada: as oscilações na produção até que existem, de certo modo, mas os custos de transporte ficaram bem menores que o habitual, com a queda no preço dos combusíveis.
De acordo com laudo técnico elaborado pelos socioeconomistas da Embrapa Arroz e Feijão, Alcido Wander e Carlos Magri, as incertezas relacionadas à quarentena levaram alguns consumidores a adquirem quantidades maiores do produto para estocar, além do necessário, gerando demanda aquecida, o que elevou os preços.
“com o isolamento social e a consequente alimentação das famílias acontecendo em casa, causou choque de demanda, fazendo o consumo de alimentos básicos como é o caso do feijão passar a ser maior do que vinha sendo em outros anos. Acredita-se, porém, que a corrida desesperada às compras já está passando e as pessoas estão compreendendo que a cadeia de suprimento está normal e continuará assim, sem interrupções, não sendo necessário fazer estoques em casa”, explicou Alcido Wander.
Outro fator importante é que o mercado de feijão é muito dinâmico e as empresas não trabalham com estoques, pois o feijão com melhor qualidade culinária é feijão comercializado logo após a colheita.
Desta forma, quaisquer oscilações ou atrasos na colheita, o mercado reage imediatamente. O lado positivo, é que na mesma velocidade o mercado recua os preços quando a oferta volta ao normal.
Os socioeconomistas da Embrapa destacaram, ainda, que o momento de maior busca de feijão foi março e abril, mas que ao longo das semanas subsequentes começam a cair, e possivelmente, chegam à normalidade, até porque a produção e a oferta são contínuas.
"Considerando que o ciclo de cultura do feijão é pequeno, 60 a 90 dias, com o lançamento de cultivares de ciclo mais precoce e resistentes a doenças, será possível ampliar as possibilidades de produção de feijões dentro do Brasil em termos de épocas e regiões produtoras, de modo que aumenta a possibilidade de se retornar à normalidade mais rapidamente a partir de situações de desabastecimento momentâneo", concluiu Alcido.
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