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Os processos de mudança que atingem a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) nos âmbitos de gestão e governança foram debatidos pelo presidente Maurício Lopes durante visita à Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG) na última segunda-feira, 29. A construção de documentos norteadores – como o IV Plano Diretor e as agendas de prioridades das Unidades – foram destacados pelo presidente, que enfatizou a necessidade de envolvimento de todos os funcionários em um momento que se abrem novas oportunidades para a Embrapa, além de riscos e desafios.
"Estamos muito determinados em trazer para a nossa Empresa a lógica da inteligência estratégica. Precisamos de plataformas e equipes com pessoas capacitadas para pensar o futuro de maneira sistemática e contínua", disse o presidente. Nesse contexto, a criação de duas secretarias – Inteligência e Macroestratégia e a de Gestão e Desenvolvimento Institucional – tem a finalidade de preparar a Embrapa para essa nova realidade, em um horizonte de 20 anos. "Estaremos atentos aos sinais que vêm do mercado de inovação, dos ambientes internacionais e dos nossos clientes para que façamos escolhas acertadas nesse caminho em direção ao futuro, cada vez mais desafiador".
O novo Plano Diretor estará fundamentado nos cenários e tendências apontados pelo documento Visão 2014-2034, elaborado sob a coordenação do Agropensa (Sistema de Inteligência Estratégica da Embrapa) a partir de análises, seminários e painéis com especialistas que envolveram mais de 200 profissionais de Unidades da Embrapa e de instituições parceiras, nacionais e internacionais, além de representantes das cadeias produtivas agropecuárias. O documento será base também para a formulação das agendas de prioridades das Unidades, que deverão atuar em sintonia nas próximas duas décadas frente aos riscos, desafios e oportunidades que atingirão o agronegócio brasileiro.
Relacionado aos centros de produtos da Embrapa, o presidente explicou que essas Unidades passam por um momento de profundas mudanças, se referindo à presença de cultivares BRS no mercado. "Temos um setor privado cada vez mais ativo, que faz investimentos com grande desenvoltura e com suas bases em países desenvolvidos que operam em grande velocidade. O setor público deve encontrar novos espaços de interação com o setor produtivo. Temos que ser uma Empresa reconhecida e valorizada pela capacidade de mobilizar competências e inteligências para produzir ativos, conhecimentos e soluções combinados com o setor produtivo. Esse será nosso diferencial", ponderou Maurício.
NOVOS ESPAÇOS DE PROTAGONISMO – Análises de inteligência de cenários das cadeias de milho e sorgo no país também foram lembradas pelo presidente da Embrapa como uma nova oportunidade de atuação. Segundo ele, há espaço para investimentos em inteligência e coordenação das grandes cadeias do agronegócio nacional, para estudos macroeconômicos e de tendências do mercado de inovação. "A Embrapa precisa cada vez mais se integrar nessa lógica da inteligência nas cadeias de valor", afirmou. "A partir do Agropensa, poderemos criar grandes observatórios para as cadeias importantes, como a de produção leiteira, a de produção de carne, a de sistemas integrados, a do milho e a do sorgo. Esse é um espaço de liderança que precisamos ocupar", defendeu Lopes.
A grande rede Embrapa, com 47 Unidades distribuídas em todos os biomas brasileiros, é o principal diferencial para atuação nesses novos segmentos, de acordo com o presidente. Novos programas de capacitação para a equipe de colaboradores, com a definição de competências para as próximas duas décadas, estarão direcionados para os desafios que a Empresa enfrentará. O programa Labex, que viabiliza oportunidades de cooperação internacional em pesquisa agropecuária, também está sendo modificado. Um dos pilares dessa mudança será a flexibilidade na definição de novas oportunidades de cooperação. "Para estarmos na fronteira do conhecimento nas nossas áreas de atuação, precisamos nos conectar aos centros de pesquisa mais avançados do mundo".
Um dos tópicos que mereceu mais destaque do presidente foi o fortalecimento da presença da Embrapa no mercado de inovações tecnológicas. "Temos que focar em ativos de inovação, em componentes que, combinados com as soluções do setor privado, garantam a presença da genética da Embrapa, da genética pública em novos mercados", afirmou, além de reforçar a necessidade de investimentos em programas de melhoramento preventivo, para que a Empresa desenvolva germoplasmas específicos e estratégicos para o agronegócio brasileiro. "Em um futuro próximo, nossas habilidades serão otimizadas no mercado de inovação. É um espaço que teremos que ocupar de maneira eficiente e competente", finalizou.
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