Novo fertilizante foliar fornece boro de forma diferenciada para o desenvolvimento de diversas culturas

Octabor, tecnologia da Agrotechnica, aumenta capacidade de absorção e a mobilidade do nutriente nos tecidos vegetais

25.10.2018 | 20:59 (UTC -3)
Kassiana Bonissoni

O crescimento saudável de uma lavoura depende de uma série de fatores, sendo um dos mais importantes os cuidados com a fisiologia das plantas. Entre os micronutrientes que são fundamentais para o bom desenvolvimento do canavial está o boro. Trata-se de um nutriente de grande importância, pois está diretamente relacionado com a regulação do crescimento, formação correta dos botões florais, formação de fibras no caso do algodão, produção de carboidratos na soja e na cana-de-açúcar auxilia na síntese e translocação de sacarose pelos tecidos vegetais.

Conforme explica Renan Yoshida, responsável pelas áreas de pesquisa e desenvolvimento da Agrotechnica Soluções Agrícolas, empresa com sede em Indaiatuba-SP, o boro tem baixa mobilidade em diversas espécies e como consequência disso, além da deficiência, “percebe-se o acúmulo do micronutriente na superfície foliar, causando fitotoxicidade, que prejudica o desenvolvimento da planta, cujos sintomas podem inclusive ser confundidos com doenças fúngicas”, explica.

Para ajudar neste problema e consequentemente melhorar o desempenho e produtividade das plantas, a Agrotechnica desenvolveu o Octabor, uma solução para suprir os problemas de nutrição de boro.  “O produto é um fertilizante líquido para aplicação foliar, que apresenta o elemento químico totalmente complexado com polióis específicos, que proporcionam translocação diferenciada do nutriente, da superfície foliar até o floema, chegando rapidamente aos tecidos meristemáticos, com capacidade de multiplicação”, destaca Yoshida.

O resultado é a rápida resposta à complementação do boro na planta, principalmente nos momentos de maior demanda desse micronutriente, como na floração (evitando abortamento) e na formação de grãos, fibras e acúmulo de sacarose, dependendo da cultura indicada. “O produto já está consolidado em cana-de-açúcar, e é indicado como uma fonte diferenciada de boro para as etapas de pré-maturação e maturação, visando obter o máximo de ATR (Açúcar Total Recuperável). Entretanto, vamos posicioná-lo para outras culturas, mais especificamente algodão e soja. Para esses, os primeiros resultados sairão nos próximos meses”, diz o especialista.

Resultados a campo

As aplicações do Octabor em áreas comerciais, na cultura da cana-de-açúcar, evidenciam os ganhos de ATR em relação aos tratamentos tradicionais. Em clientes que já utilizam fontes de boro como ácido bórico, octaborato de sódio e boro + monoetanolamina, a substituição por Octabor proporcionou ganhos médios de 6,0 kg ATR por tonelada de cana. Em outros casos, onde a cultura não recebe aplicação foliar complementar do nutriente, é possível perceber ganhos de até 14 kg ATR por tonelada. “O produto se diferencia dos demais que já estão no mercado por apresentar o boro na forma 100% complexada com polióis, facilitando a absorção e aumentando significativamente a mobilidade do nutriente na planta. O Octabor é composto de um complexo verdadeiro entre boro e polióis, pois alguns concorrentes pregam isso, mas são apenas suspensões de ácido bórico ou octaborato de sódio, misturados com algum poliol, sem efeito algum após diluir na água para aplicação”, aponta Yoshida.

Mais diferenciais

 Além dos ganhos que o fertilizante pode garantir ao agricultor, um dos diferenciais é a forma de utilização, pois como possui formulação líquida e é totalmente solúvel em água, tem fácil manuseio. “Diferente das fontes tradicionais de boro, como ácido bórico e octaborato de sódio em pó (cristais), que apresentam solubilidade limitada ou exigem longo tempo para homogeneização”, esclarece o gerente da empresa.

 O Octabor possui ainda formulação totalmente compatível com a maioria dos defensivos, inclusive os principais maturadores utilizados na cana-de-açúcar. “Ele também não apresenta Monoetanolamina (MEA) nem qualquer amina ou hidróxi-amina em sua formulação, evitando assim possíveis elevações do pH da calda causados por esses tipos de aditivos”, finaliza Yoshida.

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