Noruega pretende liderar iniciativa climática internacional em países em desenvolvimento

Com o intuito de conciliar o desenvolvimento e as políticas climáticas que priorizam a preservação de ecossistemas, o governo norueguês ambiciona assumir a liderança internacional no investimento e desenvolvimento de energia renovável e tecnologia climática em países com economias emergentes.

Segundo a Embaixada da Noruega no Brasil, o país nórdico, que pretende liderar as ações climáticas internacionais em prol da sustentabilidade, já realiza ações no Brasil e em outros países que visam o desenvolvimento de tecnologia para captura e armazenamento de carbono e de fontes de energia renovável, a promoção da “navegação verde” e ações que visam oceanos mundiais mais sustentáveis. 

Em território brasileiro, o investimento norueguês em energias renováveis representa 4% do total investido no setor energético, uma tendência que, de acordo com a Embaixada, tende a aumentar nos próximos anos. Mais ainda, os projetos voltados à inovação levaram à duplicação do número de empresas norueguesas no Brasil que trabalham com energias renováveis, segundo o Relatório de Investimentos noruegueses no Brasil, publicado em 2021. Outra área de atuação do país nórdico é no apoio a projetos de associações indígenas e organizações indigenistas que visam sobretudo a conservação das florestas nativas e o investimento em inovação e pesquisa. 

A Noruega posiciona-se em um momento de transição verde, no qual se, por um lado, ainda tem grande produção de petróleo e gás natural, por outro, está em constante busca por alternativas mais sustentáveis e limpas. No país, 80% das emissões domésticas estão sujeitas a um preço sobre o carbono e uma das metas relativas à proteção do meio ambiente até 2030 é a de redução de 55% das emissões de carbono, em comparação ao ano de 1990. “A Noruega é um exemplo na área da sustentabilidade. Para além de um discurso, o país está mostrando que é possível ter práticas mais sustentáveis e é uma inspiração para diversos países, inclusive o Brasil", destacou a ativista ambiental e médica, Karina Oliani.