No Simpósio SAE Brasil, Rodrigo Junqueira aborda os ciclos da indústria

Evento oferece visão plural, incorporando perspectivas de clientes, fornecedores e especialistas convidados

28.08.2024 | 11:03 (UTC -3)
Revista Cultivar

Na abertura do 16º Simpósio SAE Brasil de Máquinas Agrícolas, Rodrigo Junqueira, gerente-geral da AGCO para a América do Sul, compartilhou uma visão sobre os ciclos naturais e econômicos que moldam a agricultura e a indústria de máquinas agrícolas. O evento ocorre durante o dia de hoje no Teatro CIEE-RS Banrisul, em Porto Alegre.

Com uma carreira que abrange três décadas, Junqueira trouxe à tona a importância da resiliência e adaptação, características marcantes do povo brasileiro e, particularmente, dos profissionais do agronegócio.

Inicialmente, refletiu sobre os ciclos da vida, comparando-os com as estações do ano e com as oscilações da indústria agrícola. Ele destacou que a vida é composta de ciclos, nos quais as pessoas e as empresas devem aprender a se adaptar. Junqueira ilustrou essa ideia com a teoria dos Setênios, que sugere que a cada sete anos passamos por uma renovação física, mental ou espiritual. Essa perspectiva oferece uma visão de crescimento contínuo e adaptação.

Nesse contexto, Junqueira explorou a evolução da agricultura em ciclos tecnológicos, desde a agricultura artesanal até a chegada da agricultura 5.0. Este novo ciclo é caracterizado pela automação e pela ênfase na sustentabilidade. Ele destacou que a agricultura está em constante evolução, e a introdução de novas tecnologias tem sido crucial para melhorar a eficiência e reduzir custos. Para a AGCO, essa transição para a agricultura 5.0 representa uma oportunidade de ajudar os agricultores a maximizar sua produção de maneira mais sustentável e eficiente.

Em um panorama de oscilações econômicas, Junqueira enfatizou que momentos de crise não são novidade para a indústria agrícola, mas sim oportunidades de aprendizado e inovação. Ele enfatizou a importância da união e do alinhamento entre os diferentes atores da cadeia de produção agrícola para superar esses desafios. A preparação adequada e o fortalecimento das parcerias com fornecedores são fundamentais para enfrentar ciclos difíceis e aproveitar ao máximo os períodos de recuperação, explicou.

Junqueira também abordou o papel vital da mecanização no crescimento da agricultura brasileira. Comparando a situação do Brasil com a dos Estados Unidos, ele apontou que o país tem uma grande oportunidade de crescimento, especialmente considerando a necessidade de renovação da frota de máquinas agrícolas, que em sua maioria ainda é composta por equipamentos com mais de 15 anos de uso. A nova geração de agricultores, mais familiarizada com a tecnologia, está acelerando esse processo de renovação, o que será crucial para a retomada do crescimento da indústria.

Ele expressou, ainda, otimismo cauteloso em relação ao futuro, especialmente para o ano de 2025. Ele acredita que, com um ajuste no preço das commodities e condições climáticas mais favoráveis, a indústria estará pronta para um novo ciclo de crescimento. Para isso, destacou a importância de manter uma forte colaboração com os fornecedores e de continuar inovando para atender rapidamente às demandas dos agricultores.

Por fim, Junqueira fez questão de mencionar o compromisso da Massey Ferguson, uma das principais marcas da AGCO, em oferecer um portfólio completo que atenda desde pequenos até grandes agricultores. Ele ressaltou o esforço contínuo da empresa em atualizar seus produtos para torná-los mais acessíveis e eficientes, sempre com o suporte de uma rede de funcionários dedicados a fornecer o melhor atendimento possível.

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