A israelense Netafim, empresa pioneira e líder mundial em soluções de irrigação por gotejamento, está dobrando sua produção de tubo gotejadores de parede fina na unidade de Ribeirão Preto (SP). A aquisição da nova alimentadora permitirá atender a demanda crescente de tubo gotejadores.
A tecnologia israelense chegou a fábrica da Netafim no início deste mês. “A alimentadora nos permite produzir em mais de uma linha de produção e atingir velocidades que podem dobrar a produção”, explica o Diretor de Operações da Netafim, Alexandro Hochman.
A nova alimentadora pretende atender a demanda crescente do mercado nacional, já que os gotejadores de parede fina estão entre os produtos de maior saída da empresa. “Sabemos que a irrigação por gotejamento tem um grande potencial de expansão no Brasil, especialmente pela sua eficiência no campo, e por isso queremos garantir esse abastecimento”, completa o diretor de marketing Mercosul, Carlos Sanches.
O estudo inédito da Agência Nacional de Águas (ANA), o Atlas Irrigação, divulgando em outubro deste ano, estimou que até 2030 o Brasil deve incorporar 3,14 milhões de hectares irrigados – média de pouco mais de 200 mil hectares ao ano –, aproximando o País da área total de 10,09 milhões de hectares irrigados em 2030.
Irrigar é fundamental para o aumento e a estabilidade da oferta de alimentos e consequente aumento da segurança alimentar e nutricional da população brasileira. Além disso, a irrigação por gotejamento é uma técnica que está sendo cada vez mais utilizada por sua economia de água e eficiência.
De cada 100 litros de água aplicados por inundação, apenas 45 litros chegam na planta, sendo que na irrigação inteligente essa eficiência é de 95%. Assim, é possível afirmar que a irrigação por gotejamento torna a água mais produtiva. O sistema reduz o consumo do recurso natural em 60%, ao mesmo tempo que garante ganhos superiores a 50% no rendimento dos cultivos.
E como destacou a ANA em sua Atlas da irrigação, irrigar é imprescindível em regiões áridas e semiáridas, a exemplo do Semiárido brasileiro, onde a segurança produtiva é bastante afetada pela escassez contínua de água, minimizada apenas no período mais úmido, entre dezembro e março, onde algumas culturas de sequeiro ainda podem se desenvolver. Já em regiões afetadas pela escassez de água em períodos específicos do ano, como na região Sudeste e, principalmente, Centro-Oeste, algumas culturas e safras só se viabilizam com a aplicação suplementar de água nestes períodos, embora a produção possa ser realizada com menores riscos no período chuvoso.
Assim, com objetivo de auxiliar o agricultor em safras mais produtivas, garantindo a segurança alimentar do Brasil e do mundo, a Netafim sai novamente na frente, ampliando sua capacidade produtiva.