MT responde por metade da safra do milho no Centro-Oeste, Norte e Nordeste

Sistemas de produção, rentabilidade e gargalos da produção de milho foram debatidos em evento da Fundação MT

24.11.2017 | 21:59 (UTC -3)
Ascom Aprosoja

A discussão sobre sistemas de produção e rentabilidade do milho safrinha no Brasil foi o tema central do XIV Seminário Nacional de Milho Safrinha, que ocorre em Cuiabá, organizado pela Fundação Mato Grosso. A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) é co-realizadora do evento.

 “O milho é uma cultura muito importante em Mato Grosso e em todo o país. Debater sobre tecnologia, manejo e logística é buscarmos mais desenvolvimento com produção de qualidade e, especialmente, com rentabilidade para o produtor rural”, afirma Endrigo Dalcin, presidente da Aprosoja.

 A 2ª vice-presidente Norte e coordenadora da comissão de Defesa Agrícola da entidade, Roseli Giachini, apresentou a palestra “Panorama dos sistemas de produção do milho safrinha nas regiões Centro-Oeste e Nordeste do Brasil”.

 “Fizemos um diagnóstico nestas regiões e um dos pontos relevantes é que Mato Grosso tem um regime hídrico favorável dentro do zoneamento para a segunda safra de milho, o que é um desafio na região Nordeste, como no Piauí e parte do Maranhão e em algumas regiões da Bahia”, explica Roseli.

 No diagnóstico, os analistas verificaram que uma questão em comum entre os estados é o armazenamento dos grãos. “Aqui ainda temos uma dificuldade maior devido a logística, pois o Maranhão, por exemplo, tem um terminal de escoamento para exportação, o que faz com que agreguem valor ao produto”, ressalta a diretora da Aprosoja.

 Roseli Giachini, que é doutora em fitopatologia, comenta que o levantamento apontou para aumento nas regiões da presença de cigarrinha, que causa enfezamento e transmite o vírus da risca, alerta.

 O presidente do seminário, pesquisador Claudinei Kappes, revela que a safra de milho safrinha em Mato Grosso em 2016/17 foi de 4,7 milhões de hectares e que o cultivo começou no estado na safra 1991/92 com pouca tecnologia e investimento. “Hoje, muita coisa mudou com pesquisa, novos materiais genéticos e práticas de manejo. A antecipação da semeadura da soja permitiu a expansão do milho no estado”, diz.

 Para Francisco Soares Neto, diretor presidente da Fundação MT, a cultura do milho se tornou importante dentro do sistema de produção devido a fatores como melhoramento genético da soja e investimento em tecnologia do próprio milho. “Nos últimos anos, ocorreu também a organização dos produtores rurais, como o exemplo da Aprosoja, que buscou melhorias para a agricultura”, diz.

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