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Até 2034, as áreas cultivadas em Mato Grosso devem registrar um crescimento significativo. A área de algodão deve expandir 40,62%, a de milho 60,20%, e a de soja 33,18%. É o que indica o índice Outlook 2034 – Projeções do Agronegócio em Mato Grosso de 2024 a 2034, elaborado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e divulgado nesta semana em evento realizado no auditório da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), em Cuiabá. O documento foi organizado em parceria com o Instituto Mato-Grossense do Agronegócio (Iagro) e com o apoio da Aprosoja-MT.
Segundo o superintendente do Imea, Cleiton Gauer, Mato Grosso produzirá 148,94 milhões de toneladas de grãos e pluma em 2034. A produção de carnes também deve crescer, alcançando 2,80 milhões de toneladas. De acordo com o documento, o crescimento populacional mundial, que deve atingir 8,81 bilhões de pessoas em 2034, trará novos desafios para a produção de alimentos.
Países subdesenvolvidos, especialmente na África Subsaariana, apresentarão as maiores taxas de crescimento populacional. A demanda por alimentos seguirá em alta, e Mato Grosso, como grande produtor, terá um papel estratégico para suprir essa demanda mundial.
Para garantir que essas projeções se concretizem, o estado precisa intensificar os investimentos em infraestrutura e logística. Projetos como a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico) e a Ferrovia Autorizada de Transporte Olacyr de Moraes (Fato), que conectará Cuiabá a Lucas do Rio Verde, são essenciais para reduzir os custos de transporte e aumentar a competitividade do agronegócio mato-grossense.
O presidente do Sistema Famato, Vilmondes Tomain, destacou a relevância do estudo conduzido pelo Imea, uma das casas que compõem o Sistema Famato e que hoje é referência tanto no Brasil quanto no cenário internacional. “O Imea oferece uma base sólida de dados e análises que são essenciais para a tomada de decisões estratégicas, e seu papel na construção de um futuro próspero para o agronegócio mato-grossense é inquestionável”, afirmou.
Vilmondes também ressaltou a necessidade urgente de investimentos em infraestrutura de armazenamento, uma vez que a produção agrícola no estado tem crescido exponencialmente. “Nossos armazéns são as carrocerias dos caminhões”, comentou, alertando sobre o risco de gargalos logísticos e de armazenamento que podem comprometer a competitividade do estado no mercado global.
O presidente da Aprosoja Mato Grosso, Lucas Luis Costa Beber, também esteve presente no evento, reforçando a importância de fornecer aos produtores informações precisas, como as apresentadas no Outlook 2034, para subsidiar a tomada de decisões no campo. “Nosso compromisso é apoiar o agricultor para que ele possa planejar com segurança e eficiência, sempre com o respaldo de dados e análises que garantam a melhor performance em suas atividades”, comentou.
Lucas Beber também destacou que o crescimento da produção agrícola do estado pode ser alcançado de maneira sustentável, respeitando as áreas de pastagem já existentes e evitando a abertura de novas áreas. “Mato Grosso já se consolidou como uma referência global em responsabilidade ambiental, mostrando que é possível produzir em larga escala sem comprometer nossos recursos naturais”, enfatizou.
O Outlook 2034 apresenta uma visão otimista para o futuro do agronegócio em Mato Grosso. Com uma produção agrícola e pecuária em constante crescimento, o estado continuará a desempenhar um papel crucial no cenário nacional e internacional. As projeções mostram que o crescimento econômico pode ser alcançado com sustentabilidade, respeitando as áreas de pastagem e evitando a abertura de novas áreas, reafirmando Mato Grosso como referência no equilíbrio entre desenvolvimento e responsabilidade ambiental.
Para aprimorar a metodologia utilizada nas projeções do Outlook 2034, o Imea estabeleceu uma parceria estratégica com a Faculdade de Estatística da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Essa parceria aperfeiçoou as previsões, oferecendo aos agentes do setor dados precisos e abrangentes, fundamentais para a tomada de decisões estratégicas no agronegócio.
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