Manga precisa de cuidados na indução pré-floral

Programa da DVA Agro prepara a planta para esta importante fase que define a qualidade e quantidade final de produção da fruta

07.04.2021 | 20:59 (UTC -3)
Kassiana Bonissoni

No Brasil, o Nordeste se destaca pela produção de manga, a região responde por 77,3% da colheita nacional, o equivalente a 49.235 hectares, de acordo com dados de 2019 da Embrapa Mandioca e Fruticultura. Segundo a instituição, a área total colhida no Brasil neste mesmo ano foi de 67.328 hectares, com produção de 1.414.338 toneladas. A Bahia tem a liderança em área colhida, com 24.096 hectares. Mas, o primeiro lugar no cultivo fica com Pernambuco, que mesmo com área menor de plantio, 14.174/ha, colheu 518.231 toneladas. Isso só foi possível graças as tecnologias e ferramentas utilizadas pelos agricultores locais.

No País, devido ao clima e condições favoráveis, as mangueiras podem cultivar o ano todo se bem manejadas. Um dos períodos mais importantes para a cultura é o de pré-indução floral e maturação de ramos. “Nesta fase a planta demanda bastante atenção com relação aos índices nutricionais e fisiológicos. Por isso é preciso suprir as necessidades nesta fase em que a planta está em dormência. Uma florada homogênea está diretamente ligada a uma quantidade de frutos expressivas”, explica Júlio Ajudarte, representante técnico de vendas da DVA Agro, em Petrolina/PE.

Exatamente pensando nesta fase da cultura é que a DVA Agro lança o programa Manga Mais, com o objetivo de preparar as plantas, fornecendo nutrientes e substâncias antiestresse que auxiliarão as frutas. “Com o fornecimento de três produtos diferentes, o programa visa preparar a planta para o florescimento, melhorar a fertilidade da gema e deixá-la com reservas para que ela utilize essas reservas no florescimento e frutificação”, aponta o profissional.

Produção orquestrada

A manga por sua essência tem até duas floradas no ano, contudo quando induzida, ela consegue produzir de três até quatro safras. Esta é uma cultura de programação, diferente de outras. Quem cultiva essa fruta normalmente fecha sua venda muito antes da produção, especialmente quando falamos de exportação. “Dependendo de como o mercado trata isso lá fora, aqui dentro eles formam a demanda da produção interna. É montada uma tabela do ano todo, do que ele vai ter que exportar e assim é possível programar a lavoura para colher a manga naquela época. Ressaltando que em diferentes quantidades, qualidades, determinada época e qual o tamanho dos frutos”, ressalta o engenheiro agrônomo e coordenador de marketing, Bruno Francischelli da DVA Agro.

Dessa forma, podem haver vários talhões com diferentes variedades, como Palmer, Tommy, entre outras e ainda fases de desenvolvimento da fruta dentro de uma mesma propriedade. As que serão colhidas em fevereiro, outra parte da propriedade em abril e assim por diante.

O programa na prática

O estágio entre a colheita e a próxima floração é o foco do programa oferecido pela DVA Agro. Neste período a cultura está atravessando um período de “semi-dormência” para o período vegetativo. Com a utilização dos três produtos do programa Manga Mais, CaBZn Plus, Ripening Brix e K62 Plus, as plantas saem dessa “hibernação” para começar a emissão de novas flores. Desde o ano passado a empresa tem testado a novidade na região de Petrolina e é possível verificar o aumento expressivo na floração das mangueiras nas áreas de aplicação.

“Utilizando o programa Manga Mais o agricultor consegue melhorar o pegamento de flor e depois consequentemente o fruto. Vai desestressar a planta, fisiologicamente falando. Melhora o equilíbrio de nitrogênio, para a planta não vegetar muito, é ruim para a floração se a mangueira estiver vegetando. Com certeza poderemos quantificar essa melhora em números nas próximas safras. Visualmente isso já é possível”, destaca o representante da empresa.

Custo X Benefício

Nas fazendas onde o programa já está sendo utilizado foi possível identificar uma redução de até 40% no custo do hectare com insumos com relação a outros tratamentos. “Nossos produtos possuem alta concentração e as doses são baixas, nós usamos aproximadamente 300 ml por hectare em cada aplicação, de cada produto. Enquanto o geral de mercado utiliza um litro e meio a dois. Nosso portfólio é altamente concentrado e isso gera economia”, completa o RTV.

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