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Segundo dados do levantamento mais recente da Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab, as três safras de milho deste ano devem atingir patamares recordes. Caso as projeções se confirmem, serão quase 109 milhões de toneladas do grão, com 75% desse montante como resultado da segunda safra, que se aproxima do período da colheita, em especial nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. No atual estágio da produção, para garantir a produtividade e o indicador otimista, os cuidados precisam ser divididos entre o manejo para o controle de pragas e o de doenças.
A indicação é do especialista Lenisson Carvalho, gerente de grandes culturas da indústria de defensivos agrícolas Ourofino Agrociência. Ele menciona alguns dos principais problemas que precisam ser combatidos. “O uso de inseticidas auxilia o manejo de lagartas, pulgões, percevejos e a cigarrinha-do-milho, inseto este que já provocou perdas importantes em regiões produtores, como em Santa Catarina”.
Pelas estimativas do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), os produtores catarinenses deixarão de colher mais de 800 mil toneladas de milho nesta safra. A perda é de 20% e fica mais acentuada nas cidades de Chapecó e São Miguel do Oeste, ainda de acordo com o Epagri.
Carvalho explica que a cigarrinha-do-milho se multiplica com facilidade. Em um ano, até seis gerações podem se desenvolver. O inseto transmite doenças ao sugar a planta, como é o caso do enfezamento. Para evitar sua incidência, vetor de tantas enfermidades, o ideal é aplicar ainda no estágio inicial da cultura do milho inseticidas como o Racio.
À base de acefato, o produto possui partículas micronizadas e embalagem hermeticamente fechada como principais diferenciais. Como resultado da tecnologia aplicada à solução, há uma menor degradação do ativo e do odor característico que permite maior atuação e menor incômodo para o transporte e armazenamento do produto.
Dentre as lagartas, as do gênero Spodoptera, que incidem nesse tipo de cultura, podem ser controladas com uma solução como o BrilhanteBR. Com a molécula metomil, possui eficácia e seletividade e atua por contato e ingestão. Na oferta de soluções para o manejo de lagartas, destaca Lenisson, “é de suma importância rotacionar os mecanismos de ação”. Nesse sentido, a Ourofino Agrociência oferece o CapatazBR, à base do ativo Clorpirifós e indicado para um melhor controle de lagartas e manejo de resistência da praga.
A indústria conta ainda com o UnânimeBR para o manejo da praga. “A solução permite melhor período de controle devido ao seu efeito residual no manejo dos insetos. Quanto às outras ferramentas já citadas, são recomendadas para o Manejo Integrado de Pragas (MIP), técnica que ajuda a promover uma maior produtividade dos cultivos”, explica o especialista.
No grupo de fungicidas, o gerente de grandes culturas lembra do complexo de manchas foliares. Para esse problema, as estrobilurinas (azoxistrobina) e os triazóis (tebuconazol) são recomendados pelo especialista. Uma das novidades do portfólio da Ourofino Agrociência é o Teburaz, um produto sistêmico que associa esses dois grupos químicos. O Eleve é outra solução indicada, que age no manejo de doenças, entre elas, a mancha-de-Phaeosphaeria, também presente nas plantações de milho.
Um aspecto fundamental, e que ameaça o pleno potencial produtivo previsto para esta safra do milho, é climático. As condições hídricas naturais, conta Carvalho, podem não ser suficientes. “O fator clima é o que mais foge ao controle do produtor, porém uma planta saudável possui melhores condições de suportar situações adversas que possam surgir”, pontua.
O agronegócio brasileiro, cada vez mais, consolida-se como uma atividade essencial para o desempenho econômico do país, que já é um dos principais exportadores de grãos do mundo. A importância do cultivo do milho nesse cenário é algo a ser destacado. Ao lado da soja, é um dos responsáveis pelo crescimento previsto de 6,5%, o equivalente a 16,8 milhões de toneladas, em relação à safra de 2019/20, conforme informa a Conab. A companhia diz ainda no último balanço divulgado que o crescimento é sustentado complementarmente pelo aumento de 3,9% na área cultivada em território nacional. Hoje, são 68,5 milhões de hectares com plantações agrícolas.
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