Laranja e soja impulsionam crescimento de empregos no setor agropecuário paulista

Foram criadas mais de 7,5 mil vagas com carteira assinada em julho

09.09.2022 | 15:25 (UTC -3)
Paulo Rogerio Fortuna Pereira/FAESP/SENAR-SP

O setor agropecuário do Estado de São Paulo criou 7.547 vagas de trabalho com carteira assinada em julho, de acordo com dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados -- Caged. Foram 36.517 contratações e 28.970 desligamentos. O resultado é decorrente, principalmente, dos saldos positivos das atividades ligadas ao cultivo de laranja (2.551) e ao de soja (957). O maior saldo negativo foi registrado pelo cultivo de café (-1.540).

“O setor agropecuário continua a ser um grande empregador de mão-de-obra. Isso sem contar os milhares de empregos indiretos, nas empresas que fornecem para o campo, como as indústrias de máquinas e de petroquímica (fertilizantes). O sistema FAESP/SENAR-SP, em contrapartida, desenvolve um trabalho incessante para qualificar cada vez mais os trabalhadores da área no Estado de São Paulo”, afirma o presidente da Federação, Fábio de Salles Meirelles.

O setor agropecuário registrou queda de 38,73% nas admissões e de 38,52% nos desligamentos, na comparação com julho de 2021. Em relação aos empregos ativos, houve redução de 2,97% sobre o mesmo período do ano anterior, somando 366.797. Embora o saldo de empregos ativos esteja um pouco abaixo em relação a julho de 2021, o desempenho do mercado de trabalho ao longo do ano tem sido positivo, com menor variação entre os períodos de safra e entressafra.

Considerando todos os setores, o Estado de São Paulo criou 67.009 novos postos de trabalho formais em julho, conforme o Novo Caged. Em comparação com o mesmo período do ano passado, foram registradas variações positivas nas admissões (3,92%), nos desligamentos (11,10%) e nos empregos ativos (5,81%).

Brasil

Somando todo o Brasil, no setor agropecuário ocorreram 103.950 admissões e 88.080 desligamentos, perfazendo o saldo de 15.870 novas vagas em julho, segundo dados do Caged. O destaque na criação de novas vagas no setor foram as atividades de apoio à agricultura, com saldo positivo de 4.405 empregos formais, em seguida, os cultivos de laranja (2.627), soja (2.334) e melão (1.648). Entre os saldos negativos, destacam-se as produções de café (-1.543), sementes certificadas (-265) e milho (-229).

Em relação a julho de 2021, a agropecuária reduziu as admissões em 0,60% e elevou em 11,65% os desligamentos. O setor manteve um estoque de 1.782.732 empregos ativos, representando um aumento de 4,08% em comparação com o mesmo mês do ano passado.

No geral de todos os setores, foram criados no Brasil 218.902 novos postos de empregos formais no mês de julho, totalizando 1.886.537 admissões e 1.667.635 desligamentos. Em referência ao mesmo período do ano passado, houve um aumento de 6,79% nas admissões no país e de 14,22% nos desligamentos. O total de empregos ativos somou 42.239.255, um aumento de 27,71% sobre julho de 2021.

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