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A Fundação Pró-Sementes divulgou o resultado dos Ensaios de Cultivares em Rede (ECR) de soja conduzidos em Mato Grosso em parceria com a Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat) e Senar-MT, patrocinadores deste projeto. Este foi o primeiro ano de condução no Estado, que teve como principal objetivo disponibilizar aos agricultores informações para tomada de decisão de quais cultivares e tecnologias adotar em suas propriedades visto que a rede de ensaios abrange as maiores regiões sojícolas do Estado.
O plantio destes ensaios ocorreu no mês de outubro em cinco municípios mato-grossenses, considerados regiões estratégicas para a cultura. São eles: Rondonópolis (condição de pivô), Primavera do Leste, Campo Verde, Sorriso e Sapezal. A pesquisa foi conduzida em duas épocas, com intervalo de 15 dias entre uma e outra. No total foram testadas 40 cultivares de soja, seguindo a metodologia científica. E, além de produtividade, foram avaliados dias de emergência ao florescimento, dias de emergência à maturação, estande populacional, reação ao acamamento, altura de planta e reação à mancha alvo.
Na microrregião 401, que engloba os municípios de Primavera do Leste, Rondonópolis e Campo Verde, a cultivar ST 830 IPRO foi o destaque com 122 sacas por hectare no campo experimental de Primavera do Leste 1ª época de semeadura. Já na microrregião 402, dos municípios de Sapezal e Sorriso, a campeã foi a cultivar DM 80I83 I2X com 106 sacas por hectare em ensaio conduzido em Sapezal. A produtividade média entre os locais variou de 6.135 quilos por hectare (Grupo médio em Primavera do Leste 1ª época) e 2.213 quilos por hectare (Grupo médio em Sorriso na 2ª época).
O presidente do Conselho Diretor da Fundação Pró-Sementes, Hugo Mário Boff, afirmou que a perspectiva é dobrar para o próximo ano a quantidade de locais onde foram realizados o plantio dos ensaios. “O ECR é uma ferramenta muito importante que no Rio Grande do Sul já é trabalhada há 14 anos e está trazendo ótimos resultados para os agricultores em termos de informação de escolha das melhores cultivares para o plantio em cada região”, observou. Boff também agradeceu pela oportunidade concedida à equipe técnica da Fundação de poder realizar este trabalho e mostrar a importância do Ensaio de Cultivar em Rede e os resultados que proporciona em nível técnico aos produtores de Mato Grosso.
Em sua fala, o diretor técnico e administrativo da Fundação, Alexandre Levien, salientou a satisfação de toda a equipe com o trabalho concluído e a apresentação dos resultados. Em nome da Kassiana Kehl, gerente de Pesquisa da Fundação, ele agradeceu a equipe de pesquisa e a todos os que colaboraram em todo o processo. “A pesquisa é um trabalho moroso, tem investimento, mas traz resultado e agora é o momento de usarmos esse resultado no campo. Portanto, esperamos que todos possam se apropriar dessas informações”, enfatizou, desejando boas colheitas.
O presidente da Aprosmat, Gutemberg Carvalho da Silveira, por sua vez, disse que o trabalho realizado pela Fundação Pró-Sementes junto com o Senar-MT e a Associação, foi excelente. “Esse trabalho vai ajudar muito o setor de grãos baseado na escolha que o produtor poderá fazer das variedades de cultivares, tanto de milho quanto de soja”, destacou, agradecendo e parabenizando a todos os envolvidos no processo. Silveira também salientou tratar-se de um trabalho sem a digital das empresas obtentoras. “É um trabalho que a pessoa pode confiar que os resultados não têm tendência de qualquer favorecimento”, concluiu.
O diretor executivo da Aprosmat, Jeferson Aroni, disse esperar que este seja o primeiro de muitos trabalhos e que prossiga por vários anos no Estado de Mato Grosso. “É um empreendimento importante para toda a cadeia produtiva de soja. Nós temos também o milho que está em fase de execução. Portanto, esse trabalho vem trazer um grande benefício ao produtor rural”, sinalizou.
A gerente de Pesquisa da Fundação Pró-Sementes, Kassiana Kehl, destacou a importância do estudo para os produtores, visto que há um leque muito grande de possibilidades, mas a cultivar certa pode fazer com que ganhe até 35 sacas por hectare. “No estudo em Primavera do Leste, foram 23 cultivares e apenas uma alcançou a marca de 122 sacas por hectare, um potencial de ganho ou perda de mais de R$ 6 mil por hectare dependendo da escolha”, frisou.
A pesquisadora também ressaltou que o principal objetivo é mostrar que o produtor tem diferentes cultivares à disposição e com determinado potencial produtivo para a região onde ele produz. “Aliado a isso, quanto mais agricultores procurarem esta ferramenta, maior ficará a produtividade a longa escala, subindo a média do Mato Grosso", projetou.
Sobre as condições climáticas para o ECR de soja, de maneira geral o clima foi muito bom para a cultura, segundo avaliação do estudo. Os meses de novembro, dezembro, janeiro e fevereiro foram meses chuvosos em todas as regiões, gerando inclusive algumas dificuldades para realização de tratos culturais e colheitas no período ideal. O projeto também contou com o apoio da infraestrutura do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMA) e para a próxima safra o objetivo é expandir para outros cinco municípios do Estado.
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