Brasil exporta 13,6 milhões de sacas de café no acumulado do ano até maio
Volume representa queda de 19% ante mesmo intervalo de 2022 e reflete um início de colheita mais lento e o pouco café remanescente após duas safras menores
A castanha-do-brasil tem grande importância para a bioeconomia no Amazonas, estado que é o maior produtor nacional. Para identificar demandas e propor soluções a fim de fortalecer essa cadeia produtiva foi realizada a edição do 1°Workshop Cadeias Produtivas no Amazonas, voltada para a cadeia da castanha-do-brasil, no município de Tefé, nos dias 9 e 10 de junho. O evento reuniu diferentes segmentos envolvidos nesse setor a fim de prospectar demandas para apoiar ações de planejamento e subsidiar políticas públicas para esse produto amazônico.
Os participantes foram provenientes de cinco municípios da região do médio Solimões -Tefé, Nhamundá, Alvarães, Coari e Amaturá, além de técnicos da capital Manaus. Participaram agricultores extrativistas, representantes de associações, empreendedores e técnicos de instituições privadas e governamentais do setor primário, para discutir e propor melhorias ao setor.
Este é o terceiro evento de uma série que contempla 11 cadeias produtivas escolhidas como prioritárias no estado do Amazonas e que estão sendo abordadas no 1°Workshop Cadeias Produtivas no Amazonas, que é uma realização em parceria da Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror) , Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Amazonas (Abrasel-AM).
Com esse trabalho, a partir das demandas identificadas junto a diferentes segmentos da cadeia produtiva, a proposta é usar essas informações como subsídio para as instituições envolvidas trabalharem em planejamento estratégico, a fim de orientar ações na pesquisa agropecuária, na assistência técnica, no mercado e no desenvolvimento territorial.
Além desta edição sobre a castanha, já foram realizados encontros voltados para cadeias da banana e cupuaçu, como parte do 1°Workshop Cadeias Produtivas no Amazonas. A próxima edição do evento vai abordar a cultura do abacaxi, nos dias 22 e 23 de junho, e será realizada no município de Itacoatiara. Os demais eventos serão sobre pecuária, açaí, citros, guaraná, mandioca, olerícolas e piscicultura.
O pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Roberval Lima, destaca que a castanha-do-brasil tem grande importância para a bioeconomia no Amazonas, pois o estado do Amazonas é o principal produtor nacional com aproximadamente 30 mil toneladas por ano. Essa produção, conforme explica o pesquisador, atualmente vem em sua maioria - 97% - do extrativismo e outros 3% são provenientes de sistemas de cultivo. O pesquisador chama atenção que para fortalecer essa cadeia, além dos aspectos de produção, é preciso considerar também beneficiamento, comercialização, entre outras questões. Ele lembra que embora o Brasil seja o maior produtor mundial, a Bolívia é o maior exportador e para isso influenciam fatores como consumo e as barreiras comerciais brasileiras para exportação do produto. O pesquisador comenta que o contato com os produtores e setores envolvidos na cadeia produtiva, proporcionado pelo workshop irá contribuir ainda mais para o alinhamento das pesquisas ao setor produtivo visando dar respostas às necessidades no desenvolvimento de novos conhecimentos e tecnologias.
O secretário executivo Adjunto de Política Agrícola, Pecuária e Florestal da Sepror, Airton Schneider, destaca “a castanha é uma das principais fontes de renda para as comunidades da região amazônica, além de ser um produto altamente valorizado no mercado e importante no desenvolvimento econômico, gerando emprego e renda no interior”.
No primeiro dia do evento, os participantes discutiram melhorias e demandas para o setor, além de receber informações sobre inovações tecnológicas para castanha. Na programação em Tefé, no dia 9, as principais linhas de pesquisa e tecnologias disponíveis no Amazonas foram apresentadas pela analista da Embrapa Amazônia Ocidental, Sumara Ennes. O pesquisador da Embrapa Roberval Lima apresentou a palestra “Tecnologias da Embrapa para a Cadeia Produtiva da Castanha”. Profissionais do Instituto Acariquara conduziram a metodologia para troca de experiências e levantamento de demandas para Promoção de Cadeia de Valor.
No segundo dia do evento, dia 10, foi realizada visita técnica em uma agroindústria de beneficiamento de castanha localizada no município de Tefé, a Agropecuária Jutica, onde grupos de produtores rurais, empresários e técnicos do governo trocaram experiências e definiram ações para fortalecimento do setor, como a melhoria na assistência técnica, apoio a produtores para formalização na venda do produto, entre outras ações para fortalecer a cadeia produtiva.
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