Pêssegos da Embrapa são exportados para o Hemisfério Norte
Entressafra tem permitido exportar a fruta para França e Canadá
O Índice de Inflação dos Preços Recebidos pelos Produtores Rurais do Rio Grande do Sul (IIPR) teve um recuo de 10,80% em dezembro. Foi a única vez que o indicador registrou um resultado negativo em 2020. A queda é reflexo da taxa cambial no período junto com um menor fluxo de comercializações. No acumulado do ano, o IIPR valorizou 80,51%, bem acima do IPCA Alimentos que teve alta de 14,09% no período, como aponta a assessoria econômica do Sistema Farsul em relatório divulgado nesta quarta-feira (20/01).
O descolamento entre os índices é resultado de um conjunto de fatores. A estiagem que atingiu a safra anterior e prejudicou o rendimento médio das lavouras, o que refletiu em uma oferta interna menor de produtos agrícolas. A variação cambial foi outro item importante, tendo o real desvalorizado, em média, 31% entre 2019 e 2020. O Auxílio Emergencial também colaborou para o resultado com o aumento da demanda por alimentos.
Apesar dos preços recebidos terem aumentando consideravelmente no ano, boa parte dos produtores não se beneficiou plenamente dessa valorização. Além das perdas geradas pela seca, o crescimento aconteceu depois que boa parte da safra já havia sido comercializada gerando menor disponibilidade de produtos no momento de alta. Mesmo assim, o período permitiu melhores margens aos produtores apesar dos custos de produção terem apresentado um aumento significativo de 7,50% em 2020, conforme o Índice de Inflação dos Custos de Produção (IICP).
A alta cambial afetou diretamente nos preços dos insumos, em sua grande maioria importados. O resultado só não foi maior em razão da queda do preço do petróleo no primeiro trimestre. Em dezembro o indicador apresentou uma deflação de 0,42% na comparação com novembro diante da retração de 5,4% na taxa de câmbio.
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