Lavouras de soja em bom estado apontam resultado positivo na safra de verão goiana
O bom desenvolvimento das lavouras de soja e as previsões climáticas indicam que Goiás deve iniciar 2017 com uma safra cheia
A severa crise hídrica ocorrida no Estado do Espírito Santo por três anos consecutivos, desde 2014, nas épocas de florescimento e desenvolvimento dos frutos do cafeeiro reduziu drasticamente a produção de café conilon nos últimos dois anos. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento – Conab, as safras de café conilon no Estado foram de 9,949 milhões de sacas de 60kg em 2014; 7,761 milhões de sacas em 2015; e 5,035 milhões em 2016, apresentando redução de aproximadamente 49% nesse período. Apesar dessa redução, o Espírito Santo continua sendo o maior produtor de café dessa espécie, Coffea canephora, responsável por 63% da produção brasileira que foi de 7,987 milhões de sacas neste ano.
A despeito dessa crise hídrica que assolou o Estado, tecnologias desenvolvidas pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural – Incaper, se corretamente empregadas, podem contribuir para mitigar os efeitos adversos da seca nas lavouras de café conilon, além de permitir incrementar a produção de café arábica que, aliás, teve aumento de 33,8% em 2016 – se comparada com 2015 - e atingiu 3,932 milhões de sacas, de acordo com o Quarto Levantamento da Safra de Café da Conab.
O Estado do Espírito Santo caracteriza-se por apresentar distintos ambientes que permitem o cultivo de café conilon nas regiões de baixas altitudes e de café arábica (Coffea arabica) nas regiões mais altas. O café é cultivado em todos os municípios capixabas, com exceção de Vitória, e ocupa uma área de mais de 430 mil hectares. Cerca de 73% das 60 mil propriedades agrícolas que se dedicam à cafeicultura são de base familiar. O Estado é o segundo maior produtor brasileiro de café (arábica e conilon) e responde, em média, por 25% da produção nacional. A Conab divulgou que a produção total de café no Estado foi de 8,967 milhões de sacas em 2016. Desse quantitativo, conforme mencionado, 3,932 (43,85%) milhões de sacas são de café arábica e 5,035 (56,15%) milhões de sacas de café conilon.
A partir de 2014, a adversidade climática no Espírito Santo culminou com a queda de 49% da produção de café conilon observada até este ano de 2016, em decorrência de três principais fatores: primeiro - a redução da produção devido à interferência negativa dos períodos de seca e má distribuição de chuvas no florescimento, pegamento das flores, desenvolvimento dos frutos (e consequente queda), formação e enchimento dos grãos e, também, no desenvolvimento e vigor do cafeeiro. Segundo - a adversidade climática redundou na falta de água nos mananciais (córregos, rios e represas) a ponto de a Agência Estadual de Recursos Hídricos do Estado do Espirito Santo - AGERH emitir Resoluções em 2015 e 2016 que declararam estado de alerta e suspenderam, em certos casos, o uso de recursos hídricos. Essas restrições comprometeram a irrigação de 70% das lavouras capixabas. Terceiro - diante do cenário de escassez hídrica, cafeicultores reduziram adubações e outros tratos culturais, que permitiram mais incidência de infestação por ácaro vermelho, cochonilha da roseta e broca das hastes em lavouras no Estado.
Contudo, em decorrência da normalização das condições climáticas no Estado, associadas ao melhoramento de estruturas para reservação de água, espera-se que as lavouras afetadas recuperem o seu potencial produtivo nas próximas lavouras. Nesse sentido, a Embrapa Café disponibiliza no Observatório do Café publicações sobre tecnologias, as quais podem contribuir para promover a recuperação e expansão da cafeicultura capixaba. Essas tecnologias desenvolvidas pelo Incaper, no âmbito do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, estão descritas no link com acesso para as suas respectivas publicações: https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/19126930/incaper-dispoe-de-tecnologias-para-auxiliar-cafeicultores-a-incrementar-a-producao-no-espirito-santo
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