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Termina no dia 1º de junho próximo, o prazo para se inscrever no II Curso de Ecologia Química Aplicada na Agricultura, promovido pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, uma das 47 unidades da Embrapa, no período de 01 a 05 de julho de 2013. Estão sendo oferecidas 40 vagas para estudantes de pós-graduação das áreas de agronomia, química, biologia, entre outras relacionadas, além de técnicos agrícolas, extensionistas, pesquisadores, profissionais de empresas de insumos agrícolas, professores de universidades e tecnólogos.
O objetivo do Curso é capacitar os participantes em técnicas e metodologias de pesquisa para isolamento e identificação de semioquímicos, tais como feromônios, na avaliação comportamental de insetos e na aplicação no manejo de pragas agrícolas. Para melhor aproveitamento do curso, é necessário ter conhecimentos de química – no mínimo, o curso de química geral - e biologia. A inscrição pode ser feita pela internet no endereço:
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A coordenação técnica do Curso está a cargo dos pesquisadores da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia - Miguel Borges, Maria Carolina Blassioli Moraes e Raúl Laumann. Além deles, participarão também como instrutores professores de universidades federais brasileiras - Lavras (UFLA), Rio Grande do Sul (UFRGS) e Brasília (UnB), Martin Pareja, Josué Sant ?Ana e Carlos Kleber, respectivamente – e a professora da Universidade Federal da Argentina, Romina Barrozo.
O conteúdo programático será ministrado a partir de aulas teóricas, abrangendo os seguintes tópicos: Introdução a métodos químicos usados em Ecologia Química; bioensaios e outras técnicas de análise de atividade biológica de semioquímicos; estatística aplicada à Ecologia Química e aplicação da Ecologia Química no manejo de pragas.
A ecologia química se baseia no estudo de sinais químicos emitidos por insetos e plantas para se comunicarem. Alguns destes sinais químicos, como os feromônios, são liberados pelos insetos e transportados na atmosfera, sendo, por vezes essenciais na comunicação e interação entre os indivíduos da mesma espécie, com os próprios predadores ou inimigos naturais e as plantas.
Os feromônios emitidos e captados no meio ambiente por indivíduos da mesma espécie apresentam grande influência no comportamento destes animais na captura de alimentos e no processo reprodutivo, como dispositivo de atração sexual.
Os cientistas da Embrapa reproduzem, em laboratório, as condições observadas na natureza para compreender melhor o mecanismo comportamental dos insetos visando, assim, o desenvolvimento de novas metodologias a serem utilizadas no controle e manejo de insetos-praga.
O trabalho de pesquisa desenvolvido na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia em parceria com outras unidades da Embrapa - Amazônia Ocidental, Arroz e Feijão e Clima Temperado - envolve o estudo de diferentes tipos de insetos-praga, dentre os quais podem ser citados: percevejos da soja e arroz, mariposas do milho, coleópteros de algodão e a broca do fruto do cupuaçu.
Segundo o pesquisador Miguel Borges, um dos coordenadores do curso, o controle biológico de pragas é um método racional e sadio. Essa tecnologia tem como premissa básica o investimento no uso de dispositivos naturais para o controle de insetos-praga de culturas agrícolas e, consequentemente, reduzir ao máximo o uso de defensivos químicos nas lavouras.
O resultado desta pesquisa tem como proposta disponibilizar para a agricultura familiar e o agronegócio uma tecnologia limpa e impactante tanto do ponto de vista socioambiental como do econômico.
Neste contexto, os produtos de uso agrícola, derivados de feromônios têm se apresentado como fortes aliados da sustentabilidade na agricultura e têm um mercado crescente frente à economia mundial, com 30% do mercado de biopesticidas no mundo, atrás apenas dos inseticidas bacterianos e botânicos.
No Brasil, as tecnologias baseadas no uso de feromônios já resultaram em mais de 15 produtos registrados e outros em fase de registro. A aplicação dessas tecnologias está em expansão para o controle de insetos-praga de diversas culturas agrícolas, como o dendê, a maçã, a goiaba, a uva, a cana-de-açúcar dentre várias outras, no Brasil e no exterior.
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