Síndrome do murchamento da cana preocupa os canavicultores
Cientistas do IAC buscam alternativas para os canavicultores enquanto trabalham no melhoramento genético da cana
Neste mês, o Grupo de Trabalho 3 (GW3) da ISO Internacional reuniu-se em formato online para debater as ações de revisão da norma ISO 27065 (vestimentas protetivas agrícolas). Durante a reunião, ficou definido que o laboratório avançado do programa IAC-Quepia, na paulista Jundiaí, será o responsável pelo desenvolvimento de ensaios com vistas a formar uma base técnica, um documento central, para viabilizar debates e consenso entre pesquisadores da ISO frente às prováveis alterações da norma.
Membro efetivo da entidade certificadora, o pesquisador científico Hamilton Ramos, coordenador do programa IAC-Quepia, ressalta que os principais pontos em reavaliação estão relacionados à qualidade de materiais impermeáveis, utilizados na confecção de equipamentos de proteção individual agrícolas dentro e fora do Brasil.
Resultante de uma parceria entre o Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP localizado em Jundiaí, e o setor privado, o programa IAC-Quepia mira o aprimoramento da segurança e da qualidade de equipamentos de proteção individual nas aplicações de agroquímicos.
As análises em laboratório, complementa Ramos, envolvem mais de 50 diferentes materiais impermeáveis produzidos no Brasil e em outros países, entre estes 14 de fabricantes locais. “Apesar dos avanços da indústria e das normas certificadoras da ISO, não existe hoje no mundo uma base técnica robusta, tendo em vista avaliar os níveis de aceitação de tais matérias-primas, que podem ser restritivas pelo critério da precaução”, ele exemplifica.
Conforme Hamilton Ramos, serão igualmente definidos no laboratório brasileiro outros pontos norteadores de prováveis alterações da ISO 27065 atrelados à durabilidade de tecidos impermeáveis, neste caso observados após processos de lavagem e ‘passadoria’ (passagem a ferro posterior a lavagens manuais ou industriais das vestimentas protetivas).
Ainda segundo o pesquisador, a base técnica em desenvolvimento para a ISO Internacional deverá ficar pronta na primeira quinzena de janeiro de 2024, para ser levada à reunião do GW 3 marcada para o dia 22 do mesmo mês.
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