Governo fará combate mais rigoroso ao cascudo serrador da acácia negra

07.03.2011 | 20:59 (UTC -3)

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa), por meio de seu Departamento de Produção Vegetal, é responsável pelo controle fitossanitário do oncideres spp., popularmente conhecido como cascudo serrador. O inseto ataca a acácia negra, cuja madeira é usada, principalmente, para a energia (produção de carvão ou queima em caldeiras). A grande incidência do inseto se dá nas pequenas propriedades rurais.

 

O Rio Grande do Sul não é apenas o estado pioneiro na plantação da acácia negra, segundo registros, desde 1918, mas também é o maior produtor brasileiro da atualidade. De acordo com informações da Fetag, o cadastro florestal da acácia negra no RS, somente pequenas propriedades, gira em torno de 18 mil produtores. O cascudo serrador é um inseto que se aloja no galho da árvore e o derruba, prejudicando o desenvolvimento e a qualidade da madeira. “Não há como fazer controle biológico, o único modo é a queima dos galhos”, explica o engenheiro ambiental da Fetag, Alexandre Scheifler. Ele salienta que para o uso do fogo é necessário autorização da Secretaria do Meio Ambiente.

 

Os técnicos da Seapa vêm trabalhando no controle e erradicação do cascudo serrador. Mas, como o controle fitossanitário do inseto requer um grande contingente de pessoal, pois deve ser realizado durante todo o ano e não apenas em época de corte das árvores, é preciso aumentar esse contingente. Atualmente, está formalizada uma competência compartilhada com os Municípios, faltando treinamento dos técnicos municipais. As datas dos cursos a serem ministrados pelos agrônomos da Secretaria estão sendo definidas pela Pasta, em conjunto com as Prefeituras participantes e outras instituições parceiras.

 

Ainda que a maioria das florestas de acácia esteja situada nas regiões da Serra e Vale dos Sinos, há plantações em todo o estado, como a região da Campanha. Somente em Candiota, por exemplo, existe 5.010 ha plantados com acácia negra. O ciclo da árvore é de sete anos e, como se trata de uma leguminosa, a terra fica pronta após o corte, “levando muitos produtores a plantarem milho ou feijão na entressafra”, declarou Scheifler. Ele defende a acácia porque seu uso também traz benefícios para a natureza. Segundo o engenheiro ambiental, “ao usar a acácia negra como lenha, o agricultor está minimizando o impacto sobre a vegetação nativa, que resta preservada”.

 

Clarice Lena Mateuzzi Giorgi

Assessoria de Comunicação Social

Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio - SEAPA

(51) 3288-6211

cgiorgi@agricultura.rs.gov.br

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