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Evento organizado pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB) e a certificadora Fambras demonstrou como o Brasil pode beneficiar-se do mercado de produtos e serviços halal para incrementar e diversificar sua economia, aumentar sua contribuição para garantir a segurança alimentar de 2 bilhões de consumidores muçulmanos e utilizar as características desse preceito islâmico para aprimorar as boas práticas ESG (ambientais, sociais e de governança, na sigla em inglês).
Trata-se do Global Halal Business Forum, realizado em São Paulo, de forma presencial e remota, que contou com numerosos especialistas no tema, representantes governamentais e de entidades e empresas participantes desse mercado, como as principais fabricantes brasileiras de proteína animal (BRF, Marfrig e Seara), expressivas fornecedoras de produtos halal aos países árabes.
Tomás Guerrero, gerente do Halal Trade & Marketing Centre (HTMC), explicou que o Brasil já se consolidou como um dos principais fornecedores mundiais de alimentos halal e está apto a fazer a transição de produtor de itens in natura para comidas prontas para o consumo. Segundo Guerrero, a população árabe-muçulmana está em franco crescimento e é constituída sobretudo por jovens que buscam a praticidade de pratos prontos, respeitados os preceitos halal.
"O Brasil tem condições de continuar a fornecer alimentos de forma sustentável e com maior valor agregado, desenvolvendo produtos que ofereçam maior praticidade de consumo, diversidade de sabores e novas tecnologias de proteínas alternativas, como carnes cultivadas", afirmou Grazielle Parenti, presidente do Conselho Diretor da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) e vice-presidente global de Relações Institucionais, Reputação e Sustentabilidade da BRF. Para a executiva, chegou a hora de o Brasil transformar-se de celeiro em supermercado do mundo.
Embora bastante significativo, o segmento alimentício não é a única forma de participar do mercado halal. Durante o fórum, demonstrou-se como aproveitar oportunidades em setores como o de turismo, financeiro, farmacêutico e de cosméticos. De acordo com o State of the Global Islamic Economy Report 2020/21, o mercado de produtos e serviços halal para o consumidor muçulmano movimenta US﹩ 4,88 trilhões por ano.
Segundo o presidente da CCAB, Osmar Chohfi, o objetivo do fórum foi sensibilizar o setor produtivo para as oportunidades envolvendo consumidores muçulmanos, que já são 2 bilhões de pessoas mundo, nos 57 países de maioria muçulmana e na França, nos Estados Unidos e no Reino Unido, que abrigam grandes comunidades islâmicas.
Para o secretário-geral da Câmara Árabe, Tamer Mansour, o Brasil tem condições de contribuir muito mais neste sentido nos próximos anos. "Queremos e vamos, por meio de parcerias que já estamos firmando, tornar o nosso país um verdadeiro hub no mercado de produtos e serviços halal. Para isso, é necessário não apenas fortalecer as negociações já existentes, como abrir novos mercados - inclusive na África Árabe.".
Ali Hussein El Zoghbi, vice-presidente da Fambras Halal, destacou que a indústria halal gera no Brasil cerca de 1,5 milhão de empregos diretos e indiretos é responsável por uma parcela relevante do comércio superavitário do Brasil com o mundo islâmico. A palavra halal significa "lícito", segundo o islã. "Halal é um padrão ético e moral de ações lícitas não só na alimentação, mas também no ambiente social, na conduta, na Justiça, nas vestimentas e finanças", completou Zoghbi.
O Global Halal Business Forum teve apoio institucional do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, da Câmara Islâmica de Comércio, Indústria e Agricultura, da Liga Árabe e da União das Câmaras Árabes.
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