FMC apresenta números e informa sobre reestruturação no Brasil

No quarto trimestre financeiro, a empresa enfrentou desafios significativos devido à continuação da destocagem na indústria, tendência que afetou toda a cadeia de suprimentos

01.11.2023 | 13:05 (UTC -3)
Cultivar

A FMC está tomando medidas significativas para reestruturar suas operações no Brasil e revisar e ajustar sua base de custos global a fim de "adequar-se melhor às condições de mercado, proteger suas margens e posicionar-se para o futuro". Foi o que informou seu presidente e CEO, Mark Douglas. Detalhes sobre esses programas de reestruturação serão apresentados no "Dia do Investidor", a ser realizado em 16 de novembro.

No quarto trimestre financeiro, a FMC enfrentou desafios significativos devido à continuação da destocagem na indústria, uma tendência que afetou os níveis de estoque em toda a cadeia de suprimentos. Conforme informações da empresa, esse movimento foi uma resposta ao aumento da segurança no abastecimento e às taxas de juros mais elevadas, resultando em volumes consideravelmente mais baixos em comparação com o ano anterior. Especificamente na América Latina, a queda foi ainda mais acentuada do que o previsto durante a última teleconferência de resultados da empresa.

A América Latina é geralmente uma forte contribuinte para os resultados do terceiro trimestre da FMC em razão das épocas de plantio. De acordo com Mark Douglas, a empresa subestimou a profundidade e a duração da "destocagem" que ocorreu na região durante o segundo trimestre.

No que diz respeito à receita do terceiro trimestre, a FMC registrou uma redução de 29% em comparação com o ano anterior, tanto considerando os efeitos cambiais quanto excluindo-os. Isso se deveu principalmente à diminuição dos volumes devido à destocagem nos canais de distribuição e, em menor medida, às condições climáticas secas em alguns países. Embora a empresa tenha implementado aumentos de preços na América do Norte, EMEA (Europa, Oriente Médio e África) e Ásia, essas elevações foram mais do que compensados pela redução de preços na América Latina.

Apesar da significativa queda nas vendas em relação ao ano anterior, a FMC informou que aplicação de produtos de proteção de cultivos por parte dos agricultores manteve-se estável e, em alguns países-chave, até mesmo aumentou em comparação com o ano anterior (Brasil e nos Estados Unidos, por exemplo).

Além disso, acrescentou Douglas, os produtos mais recentes e diferenciados da empresa, incluindo diamidas de marca e soluções para a saúde das plantas, superaram o desempenho do portfólio global. Produtos lançados nos últimos cinco anos cresceram 4% e representaram 10% das vendas totais no trimestre, demonstrando a resiliência da empresa em um ambiente desafiador. Os lançamentos de novos produtos responderam por mais de 4% das vendas totais da empresa no trimestre.

Na América Latina, as vendas registraram uma queda de 33%, ou 36% quando excluídos os efeitos cambiais, devido à redução nos volumes e à pressão sobre os preços. A destocagem, especialmente no Brasil e na Argentina, foi o principal impulsionador desses resultados na região. Por outro lado, a FMC obteve um sucesso significativo com o lançamento de seu inseticida Premio Star no Brasil.

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