Exportação de limão cresce 21% em São Paulo

O Estado produziu mais de 1,1 milhão de toneladas da fruta e exportou cerca de 80 mil toneladas (US$72 milhões)

20.08.2025 | 14:44 (UTC -3)
Guilherme Araujo dos Santos, edição Revista Cultivar

O primeiro semestre de 2025 foi marcado pela alta da exportação de limão pelo Estado de São Paulo. Até o momento, já foram enviadas mais de 81 mil toneladas ao comércio exterior, o que representa um faturamento de US$ 72 milhões e aumento de 21% do produto exportado em relação ao mesmo período do ano passado. 

O Estado é o maior produtor nacional de limão. Segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA - Apta), da Secretaria de Agricultura (SAA), em 2024, foram cultivadas mais de 1,1 milhão de toneladas da fruta. 

O principal destino do produto é o mercado europeu, com destaque para os Países Baixos (62,2 mil t), que servem como porta de entrada através do Porto de Roterdã para distribuição aos demais países do bloco. O ranking de destinos inclui ainda o Reino Unido (11,6 mil t), a Rússia (1,3 mil t) e o Canadá (970 t).

Segundo Alf de Wit, assessor agrícola do Consulado Geral dos Países Baixos, o comércio entre os Países Baixos e o Brasil é um exemplo dinâmico de mercados agrícolas complementares, com  o Estado de São Paulo desempenhando um papel central como principal produtor e exportador, oferecendo oportunidades significativas para fortalecimento da cooperação bilateral em produção e logística sustentáveis.

Abastecimento do comércio internacional

Considerada a capital nacional do limão, o município de Itajobi, região de São José do Rio Preto, destaca-se na produção da variedade taiti. A empresa familiar Pimentel Itajobi, localizada na cidade, atua no ramo há 30 anos, atendendo, principalmente, o mercado internacional como Reino Unido e a União Europeia.

“Em 2024, exportamos mais de 4 mil toneladas de limão tahiti, e vimos um ano bastante próspero para o setor, mesmo enfrentando um período de seca bastante severo para a agricultura. Investimos em melhorias no packing house, aumentando nossa capacidade de produção, resultando em um volume exportado. Apesar dos desafios do setor e do mercado externo, nossa perspectiva para 2025 é de ainda mais crescimento, visando um 2026 ainda melhor”, ressaltou o analista de exportação da Pimentel, Alison Dejavite.

Ações de certificação 

Na Fruit Attraction SP 2025, a Defesa Agropecuária (CDA) apresentou ações de certificação fitossanitária de origem que possibilitam a exportação dos produtos paulistas. O cadastro e supervisão de plantios de lima ácida tahiti, conhecido como limão tahiti, tornam São Paulo como o maior exportador do país, com mais de 70% de lima exportada.

A certificação garante que os produtos paulistas cheguem ao mercado internacional com qualidade e segurança. De acordo com o  chefe do Departamento de Defesa Sanitária e Inspeção Vegetal (DDSIV), Alexandre Paloschi, o cadastro e a supervisão dos dos plantios de lima ácida Tahiti são resultado do trabalho integrado entre produtores, setor privado e serviço oficial, assegurando competitividade, abertura de novos mercados e geração de renda para pequenos, médios e grandes produtores. 

Investimento na produção

A Secretaria de Agricultura, através do Fundo de Expansão do Agronegócio (Feap), disponibiliza uma linha que atende às necessidades do produtor para esta cultura. A iniciativa financia a renovação e ampliação do pomar com mudas certificadas, irrigação eficiente e demais investimentos produtivos. 

"Com juros reduzidos e prazos estendidos para a fruticultura, o crédito fornece uma folga de caixa para investir com segurança,” explicou o secretário executivo do Feap, Felipe Alves.

O teto de financiamento da linha do Feap é de até R$250 mil para pessoa física e até R$500 mil para pessoa jurídica. O prazo de pagamento é de até 84 meses, com carência de até 12 meses. 

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