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Plantio da soja em São Paulo vai de 16 de setembro de 2021 a 3 de fevereiro de 2022; cadastro das Unidades Produtoras deve ser informado até 15 dias após o término da semeadura
O projeto Unidades Demonstrativas de Cultivares de Café, parceria entre a Fundação do Desenvolvimento do Cerrado Mineiro (Fundaccer) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), chegou em 2021 à terceira colheita de safra. Os resultados desta etapa serão apresentados no 6º Encontro de Inovação e Tecnologia para a Cafeicultura do Cerrado Mineiro, que acontece no próximo dia 25 de novembro, a partir das 10h, com programação presencial e online.
O trabalho conta experimentos implantados no de 2016 em 25 propriedades comerciais, de 12 municípios do Cerrado Mineiro, além de uma unidade no Campo Experimental da EPAMIG em Patrocínio. O objetivo é avaliar o desempenho de variedades de café desenvolvidas pelo Programa de Melhoramento Genético da Empresa e após a colheita de dois biênios (2019/2020 e 2021/2022) disponibilizar um software com os dados coletados.
O pesquisador da EPAMIG Gladyston Carvalho explica que a ideia é oferecer ao cafeicultor a recomendação de cultivares que apresentem produtividade aliada a outra característica de interesse, como qualidade, resistência, adaptação à colheita mecanizada, dentre outras, contemplando as diferentes condições de clima, solo e disponibilidade hídrica das macrorregiões do Cerrado Mineiro.
“Até esse momento, algumas cultivares já estão consolidas, como é o caso da MGS Paraíso 2, que tem se destacado em produção e qualidade, tanto nas unidades experimentais, quanto em escala comercial. Em função dos resultados já alcançados e dos aspectos das plantas em campo, acreditamos que após a quarta colheita, em 2022, outras cultivares também entrarão na lista de recomendação, casos da MGS Ametista, da MGS EPAMIG 1194 e da MGS Aranãs”.
Para o superintendente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, mantenedora da Fundaccer, Juliano Tarabal, o trabalho desenvolvido em parceria com a EPAMIG demonstra o compromisso da Região do Cerrado Mineiro em apoiar os cafeicultores e tornar a atividade sustentável, tecnológica e resistente às adversidades.
“Os resultados deste projeto são muito aguardados pelos cafeicultores de toda a Região e chegam em um momento muito oportuno que é o pós-geada, em que muitos cafeicultores irão renovar suas áreas, tendo, portanto, a oportunidade de recomeçar com novos materiais. Estamos felizes em podermos oportunizar aos cafeicultores esta possibilidade e temos certeza que os novos materiais irão elevar a produtividade e qualidade em nossa Região. Tudo isso é possível quando se têm investimento em pesquisa e parceria, e, aqui, incluímos a EPAMIG, a Embrapa, as cooperativas e associações do Sistema Região do Cerrado Mineiro e, principalmente, os cafeicultores”, avalia.
O foco no compartilhamento de conhecimentos considerando-se as particularidades de cada região e promovendo o crescimento conjunto do Cerrado Mineiro é um caminho aprovado pelos produtores. “Pertenço à quarta geração de uma família de cafeicultores e percebo que para se ter sustentabilidade na atividade, é preciso haver pesquisa, condições para analisar as variedades que se adaptam a cada microrregião, com produtividade e com qualidade”, opina Acácio Dianin, produtor de Monte Carmelo.
O cafeicultor de Patrocínio-MG, Osmar Nunes Júnior, proprietário da Fazenda Freitas, e o filho Gabriel Nunes também destacam a importância do projeto. “A partir de um campo experimental podemos ver quais materiais estão se desenvolvendo melhor, bem como as novas variedades genéticas que estão vindo e o melhoramento do café. Isso é de grande importância, pois uma variedade pode se comportar de formas diferentes em cada microrregião”, avalia Gabriel.
Na Fazenda Rio Brilhante, situada no município de Coromandel-MG, a cafeicultura é irrigada por gotejamento. A propriedade encontra-se a 1.100 metros de altitude e está colhendo sua terceira safra após o início da pesquisa. “O café é uma cultura perene, que na Região do Cerrado Mineiro ficará entre 15 a 20 anos, por isso não podemos errar. O cenário do clima tem mudado bastante nos últimos oito anos. Então vemos a importância de um campo com uma gama de variedades, dentro de microrregiões, para que possamos analisar, profunda e assertivamente, todo o nosso plantio futuro e também o nosso plantio de reposição de área”, analisa Noé Bartholomei, diretor da propriedade.
Gladyston Carvalho reforça esse compromisso da pesquisa. “Fica o convite para que o cafeicultor continue acompanhando nossos eventos e fazendo visitas às áreas experimentais e ao Campo da EPAMIG em Patrocínio. Pois nós continuamos buscando novas informações para gerar conteúdos que possam atender o maior número de áreas de sistemas produtivos no Cerrado Mineiro”, conclui.
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