Estiagem acelera a colheita de café no Paraná

Boletim de Condições de Tempo e Cultivo do Deral de 30 de julho a 5 de agosto apresenta dados sobre as principais culturas em desenvolvimento no Estado

06.08.2024 | 14:26 (UTC -3)
Revista Cultivar, a partir de informações do Departamento de Economia Rural do Paraná

A longa estiagem enfrentada em algumas regiões do Paraná acelerou a colheita de café que, em alguns locais, já foi finalizada. Com mão de obra mais escassa, as áreas restantes seguem com a colheita manual. A qualidade do café também foi afetada. Já a colheita do milho 2ª safra está se aproximando da conclusão, e segue com produtividades abaixo da média. É o que indica o boletim de Condições de Tempo e Cultivo do Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná, do período de 30 de julho a 5 de agosto.

Figura 1: plantio, colheita e situação de lavouras selecionadas referentes ao dia 05/08/2024
Figura 1: plantio, colheita e situação de lavouras selecionadas referentes ao dia 05/08/2024

Na cultura da batata da 2ª safra, a colheita segue, e as produções obtidas devem ser destinadas à semente. Enquanto o trigo segue com a maioria das lavouras em frutificação, e algumas áreas pontuais já começaram a ser colhidas, mas com produtividades baixas. A falta de chuvas volumosas há quase 25 dias tem afetado as lavouras com a baixa umidade do solo. E em algumas regiões, a incidência de doenças e de pulgão tem preocupado os produtores, que seguem realizando o manejo com tratos culturais e aplicação de inseticidas e ureia. 

Figura 2: área cultivada e fases do trigo 
Figura 2: área cultivada e fases do trigo 

Na produção de morango, os produtores estão investindo em tecnologias para impulsionar a produtividade, utilizando estufas com plantio elevado em bancadas. A técnica permite colher mais de 1,0 kg de morango por planta, reduzindo a área de plantio necessária. 

Os produtores de arroz irrigado seguem com o preparo do solo e o plantio das áreas cultivadas com arroz pré-germinado, um processo que deve se intensificar no próximo mês. Já a comercialização da soja continua lenta, com os produtores aguardando melhores preços para o produto. 

O clima seco na região Sudoeste tem favorecido o surgimento de queimadas de diversas naturezas no meio rural, nas margens de rodovias e nos arredores urbanos, causando prejuízos ambientais e afetando a qualidade do ar. Enquanto os rios e represas mantiveram-se estáveis, sem alterações significativas. 

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