Estação da Syngenta em Holambra alcança autossuficiência com energia solar

Mais de 1.000 módulos fotovoltaicos foram instalados no local. Inciativa está conectada à meta da empresa de reduzir em 50% a emissão de carbono de todas as suas operações

14.10.2020 | 20:59 (UTC -3)
Thiago Eid

A Estação Experimental da Syngenta, em Holambra (SP) - uma das principais da América Latina e sede do Seedcare Institute, centro tecnológico para o desenvolvimento de tratamentos de sementes - é a primeira unidade da empresa no mundo a se tornar autossuficiente na geração de energia elétrica limpa. No local, foram instalados mais de 1.000 módulos solares fotovoltaicos, com capacidade para gerar 52,8 MegaWatts por mês. De acordo com os dados da SolarView, isso significa que a empresa deixa de emitir, em média, 79 toneladas de CO² anualmente.

A iniciativa se conecta a um dos compromissos assumidos pelo Plano de Agricultura Sustentável da Syngenta, The Good Growth Plan, ligado à redução da intensidade de carbono das operações da empresa em 50% até 2030. O objetivo contribui com a meta do Acordo de Paris sobre mudança climática, bem como o compromisso da SBTi de impedir um aumento da temperatura global acima de 1,5°C. Por meio do mesmo Plano, a Syngenta se compromete a investir US$ 2 bilhões em agricultura sustentável até 2025, além de lançar duas tecnologias disruptivas a cada ano para auxiliar os produtores a enfrentar as mudanças climáticas.

"Lançamos a segunda fase do nosso Plano de Agricultura Sustentável em junho deste ano, com novos compromissos, tais como a luta contra a mudança climática e contra a perda de biodiversidade, além do que, prevê a recuperação da agricultura dos efeitos econômicos e sociais causados pelas restrições da Covid-19", destaca Guillermo Carvajal, Head de Sustentabilidade da Syngenta na América Latina. "As metas dessa segunda fase também preveem acelerar a inovação para agricultores e o meio ambiente; trabalhar para que a agricultura seja neutra em carbono; promover a segurança e a saúde das pessoas e focar em parcerias de impacto", completa.

Sustentabilidade, inovação e parcerias

A Syngenta apoia e participa de diversos projetos inovadores que se conectam ao seu Plano de Agricultura Sustentável, uma vez que a iniciativa abarca diversas frentes de atuação. De acordo com Guillermo Carvajal, um deles é a Rede de Fomento à Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF), que visa acelerar a adoção das tecnologias que unem de maneira equilibrada a lavoura, o pasto e a floresta. "O ILPF é uma ação inteligente e estratégica, porque proporciona, ao mesmo tempo, vantagens econômicas para os produtores, aumento da produtividade sem a necessidade de expandir a área plantada e, acima de tudo, lança mão de práticas sustentáveis, que diminuem os impactos no meio ambiente. A meta da Rede é atingir 20 milhões de hectares no Brasil, até 2030", ressalta o executivo.

Guillermo também retoma a importância do Programa de Financiamento (SAFF), uma linha de crédito recém-lançada com taxas atrativas para o produtor. Construído junto com a maior aceleradora de finanças climáticas do mundo - o Lab, acelerador de instrumentos financeiros da ONG Climate Policy Initiative (CPI) - o projeto estima aporte de US$ 68 milhões no piloto (safra 2020/21), US$ 320 milhões de dólares safra 21/22 e US$ 1,4 bilhões em 2026, durante sua replicação.

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