Convênio entre Embrapa e LS Tractor colabora com pesquisa sobre silagem do Capim Capiaçu
A silagem deste capim constitui uma alternativa mais barata para suplementação do pasto no período da seca
O mês de maio marca o início do período da colheita do café em Minas Gerais. Esta fase, que pode se estender até meados de julho ou começo de agosto, requer atenção e planejamento por parte dos produtores. A pesquisadora da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Vanessa Figueiredo, destaca que no momento da colheita, é preciso que a planta esteja com, aproximadamente, 80% dos frutos maduros.
“Neste ano, temos observado uma maturação mais adiantada na maioria das propriedades. Nesta situação, é importante que o cafeicultor verifique as lavouras e identifique os talhões que estão mais adiantados (e os mais atrasados), para programar e fazer o escalonamento da colheita. Dando prioridade para as cultivares que tenham uma maturação mais precoce, como aquelas dos grupos Acaiá e Mundo Novo”, explica.
Vanessa acrescenta que é preciso ter atenção também às lavouras mais novas e para aquelas que precisarão de poda, para não atrasar esta atividade. Outra ação importante é a retirada de todo o mato nas ruas do café (capina mecânica ou química), para que a lavoura fique “no limpo”. Além disso, o produtor pode realizar a arruação, que é a retirada do “cisco” (folhas mortas, galhos e resíduos orgânicos) que fica sob a saia do cafeeiro.
“É muito importante que a lavoura esteja extremamente limpa antes da colheita, assim, os frutos que caírem na terra não vão comprometer a qualidade final do grão. A arruação tem seus prós e contras. O cisco também pode ser benigno, por acumular umidade e liberar nutrientes para o solo. Então, caso opte por realizá-la, o produtor deve fazer de maneira mais leve, tomando cuidado para não danificar as raízes das plantas no processo”, informa.
Outro ponto de atenção diz respeito à manutenção dos equipamentos que serão utilizados durante a colheita. “É fundamental que todo o maquinário esteja devidamente revisado e com a manutenção em dia, para que o produtor não tenha que lidar com nenhum imprevisto que possa atrasar o seu cronograma”, orienta.
Na pós-colheita é preciso preparar e limpar o terreiro para a secagem dos grãos e das tulhas onde o café será armazenado. “Ao longo do ano o terreiro é utilizado para outras atividades, então deve ser varrido, lavado e cercado, se houver necessidade”, aconselha a pesquisadora, que também alerta para a verificação da condição de estradas e carreadores.
Finalizando, Vanessa Figueiredo, recomenda cuidado com as plantas e com o solo. “Nós estamos na safra de 2024, mas não podemos esquecer que as plantas já estão com um crescimento de ramos para produzirem em 2025, é importante cuidar para que elas estraguem o menos possível. Como último lembrete, queria comentar sobre as análises de solo. Aqueles produtores que fizeram a última adubação a mais de 30 dias devem aproveitar para retirar as amostras de solo, antes de iniciar a colheita. Nessa época os laboratórios estão vazios, tudo flui com mais tranquilidade”, conclui.
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