Quais os principais problemas encontrados nos pulverizadores
Cuidados essenciais e básicos relacionados a taxa de aplicação, limpeza, descontaminação e manutenção de pulverizadores são deixados de lado, causando ineficiência na operação, pr
A Embrapa lançou na quarta-feira, 4 de novembro, seu novo Plano Diretor (VII PDE) para os próximos 10 anos, com foco na atuação da Empresa em oito áreas prioritárias da pesquisa agropecuária e três na gestão organizacional e estratégica. Na pesquisa, destacam-se temas da bioeconomia, inteligência territorial, agricultura digital, mudança do clima, sanidade agropecuária, desenvolvimento territorial com inclusão produtiva, sustentabilidade com competitividade, consumo e agregação de valor aos produtos do agronegócio. Na gestão organizacional, o foco é a modernização, com o aumento da eficiência e a racionalização dos custos da Empresa.
“A Embrapa tem foco, tem rumo definido e visão cristalina do futuro da agricultura e da alimentação no País e no mundo. O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos, fibras e energia, exporta para mais de 160 países e alimenta centenas de milhões de pessoas ao redor do mundo. Essa visão clara de futuro que temos na Embrapa pode ajudar a construir o futuro mundial da alimentação. E temos certeza que, ao longo das ultimas quase cinco décadas, a agricultura brasileira foi movida a ciência, pois a ciência esteve na base do seu desenvolvimento e ela seguirá sendo movida a ciência”, declarou o presidente da Embrapa, Celso Moretti, ao apresentar o VII PDE em coletiva de imprensa.
O novo planejamento da Empresa é composto por nove temas prioritários, 11 objetivos estratégicos, oito para a inovação e três para a melhoria de gestão e eficiência organizacional e 29 metas tangíveis quantificáveis de curto,médio e longo prazo.
“Esse conjunto de indicadores foi construído a partir de uma ampla consulta ao setor produtivo, instituições de pesquisa, agricultores, governo, e, internamente junto aos empregados da Empresa. O grande diferencial são as metas quantificáveis associadas aos objetivos estratégicos. Poucas instituições públicas e às vezes até mesmo privadas tiveram a ousadia de estabelecerem objetivos e metas tangíveis no tempo, públicas e claras, o que nos permitirá medir o seu alcance”, afirma o presidente da Embrapa.
Como exemplo de metas associadas aos objetivos estratégicos, o presidente destaca as quatro metas estabelecidas para o alcance do objetivo voltado ao enfrentamento da mudança do clima: ampliar, até 2025, em mais 10 milhões de hectares as áreas com plantios de sistemas integrados de produção (atualmente são 16,7 milhões). Aumentar, até 2030, em 1 milhão de hectares a área de florestas plantadas com sistemas de produção no país. Disponibilizar aos produtores rurais cinco sistemas de manejo desenvolvidos pela Embrapa e para o manejo sustentável de florestas naturais. E até 2030, aumentar em 10% os benefícios econômicos de produtores que utilizam o Zoneamento de Risco Climático (Zarc) para o plantio.
“A Embrapa, há 30 anos, trabalha com os sistemas integrados, o ILPF. Segundo dados de 2019, já são quase 17 milhões de hectares de plantio nessa modalidade. E a meta agora é promover a incorporação neste sistema de novas áreas de pastagens, sobretudo pastagens degradadas. Junto com os parceiros, queremos levar o Brasil a ter mais 10 milhões de hectares nos próximos cinco anos. E quando fazemos o cálculo em quanto isso impacta estamos falando de uma redução de 60 milhões de toneladas de CO2”, detalha Moretti.
Outro exemplo de metas quantificáveis foram as estabelecidas para o objetivo “Agricultura Digital, Rastreabilidade e Logística Associada ao Sistema Produtivo Agrícola”: até 2025, a Embrapa e parceiros devem atuar no sentido de ampliar em 100% o número de usuários de aplicativos desenvolvidos pela Empresa como o Zarc Plantio Certo, o Bioinsumos, o Doutor Milho, o AppLeite, o Suplementa Certo, Roda da Produção, entre outros.
“Até o ano de 2025, queremos dobrar o número de usuários dos aplicativos da Embrapa que podem ser acessados através das lojas virtuais da Apple e da Google”, explicou Moretti. Atualmente, o Zarc Plantio Certo possui mais de 9 mil downloads e o Roda da Produção, do Programa Balde Cheio, mais de 25 mil, e a intenção com esta meta é dobrar o total de acessos dentro de cinco anos.
O presidente também falou sobre a meta de aumentar em 20 por cento o benefício econômico gerado por práticas agropecuárias e tecnologias sustentáveis capazes de reduzir os custos de produção. A meta, a ser alcançada até 2025, faz parte de um conjunto que visa o cumprimento de um objetivo maior de promover a sustentabilidade e a competitividade para o agronegócio brasileiro.
“Desde a década de 1990, a Embrapa trabalha com bioinsumos, como a Fixação Biológica do Nitrogênio (FBN), a fixação do fósforo preso no solo e disponibilizado para as plantas (BiomaPhos), descoberta recente da pesquisa agropecuária, e, até 2025, queremos contribuir para um aumento significativo do uso de bioinsumos na agricultura”, detalhou.
São três os objetivos voltados para a gestão e eficiência organizacional e para eles a Empresa estabeleceu nove metas. Entre elas, o aumento, nos próximos três anos, em 40% a participação do setor produtivo nos chamados projetos de inovação aberta, nos quais empresas públicas e privadas financiam conjuntamente pesquisas voltadas para o mercado.
Outra meta para 2023 é aumentar em 10% a arrecadação da Empresa a partir do licenciamento dos ativos tecnológicos colocados no mercado e comercializados. E, até 2030, garantir que a digitalização da Empresa seja concluída com todos os processos integrados em rede. Com isso, espera-se alcançar uma redução de 10% dos gastos reais da empresa.
“O novo PDE é um espelho da mudança da gestão da estratégia da Empresa, que vem buscando sua adequação governamental e também um novo espaço na agricultura com um modelo de negócio mais moderno e ágil. É coerente com a estratégia, responde ao mercado e governo, por meio de objetivos e metas claras e sinaliza modernização na gestão em busca de excelência e racionalização de custos”, ressalta o presidente.
O VII PDE considera as transformações na gestão da Embrapa iniciadas em 2017, com destaque para o Plano de Desligamento Incentivado (PDI), realizado entre os anos de 2019 e 2020, e que possibilitará, até dezembro de 2020, uma redução de 10% da folha de pagamento, uma economia de R$ 370 milhões em salários e encargos. A partir da execução de todos os desligamentos ainda previstos e da conclusão dos pagamentos das parcelas dos incentivos do PDI, há a expectativa de geração de economia da ordem de R$ 854 milhões de reais.
Outra frente considerada pelo novo planejamento é a informatização dos processos da instituição, envolvendo a sede e seus 43 centros de pesquisa. O Projeto Conecta implantou o sistema ERP, mundialmente conhecido e adotado em empresas de ponta que possibilita maior agilidade e rastreabilidade e integridade das informações. A medida contribuirá para a redução dos gastos da Empresa em 10% do orçamento, além de permitir a centralização dos processos.
O VII PDE é fruto de ampla consulta externa e sinaliza os rumos da Empresa para a próxima década. Sua construção contou com 2.358 contribuições pela internet, 36 entrevistas de consulta e 101 participantes em workshops. “Existe uma demanda do governo e da sociedade para que as instituições públicas sejam mais eficientes e otimizem seus recursos. A expectativa é dar à Empresa uma gestão mais ágil, capaz de dar respostas mais ágeis e eficientes para a sociedade”, afirma o presidente.
O VII PDE foi aprovado pelo Conselho de Administração da Empresa, composto por membros dos setores público e privado, entre eles, gestores do Ministério da Agricultura, , Ministério da Economia, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, além de representantes do agronegócio brasileiro.
Os números e as metas definidas no documento têm como base também o Balanço Social da Embrapa, documento atualizado anualmente pela Embrapa há 23 anos. E será com base nos dados coletados pelo Balanço Social que as metas serão monitoradas quanto ao seu alcance efetivo.
“ O PDE sinaliza os principais caminhos que a empresa seguirá até 2030, com metas quantificadas e comprometidas com os parceiros. Portanto, não se trata de um documento simbólico, pra ficar arquivado, mas sim de um guia permanente para seguir e acompanhar, alinhado com a lei das estatais, e que busca dar a Embrapa agilidade e capacidade de fazer entregas constantes para a agricultura brasileira”, finaliza o presidente da Embrapa.
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