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A Embrapa receberá, no dia 13 de junho, na sede da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), em Roma, Itália, o Prêmio Campeã da FAO (2022 Champion Award), considerado o mais alto prêmio corporativo mundial, em reconhecimento à contribuição significativa e notável para o avanço dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.
O Prêmio reconhece indivíduos, organizações, fundações, instituições acadêmicas ou líderes do setor privado, em todo o mundo, por suas ações, no biênio de janeiro de 2020 a dezembro de 2021, em direção a um impacto transformador para aumentar a segurança alimentar e alcançar a Agenda 2030, garantindo que as pessoas tenham acesso regular a alimentos de alta qualidade, suficientes para levar uma vida ativa e saudável. Além do importante reconhecimento, o Prêmio Campeã da FAO, premiará a Embrapa com 50 mil dólares que deverão ser aplicados em ações para a continuidade do trabalho da Rede ODS Embrapa.
O presidente Celso Moretti celebrou a premiação. Ele destacou ser um reconhecimento pela contribuição histórica dos empregados da Embrapa em prol de iniciativas que buscam prover segurança alimentar e nutricional, não só no Brasil, mas em âmbito mundial. “Este esforço torna nossa Empresa referência mundial no desenvolvimento de soluções tecnológicas em prol da segurança alimentar, particularmente, para populações em situação de vulnerabilidade social”, disse.
“O trabalho desenvolvido pela Embrapa contribui, de forma transversal, para reduzir a pobreza, proteger o meio ambiente e garantir que pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e prosperidade, nas instâncias nacionais e internacionais, resultando em reconhecimento da relevância da instituição no mundo. No ano de 2020, 140 tecnologias desenvolvidas pela Embrapa foram alinhadas a 81 metas dos 17 ODS. Em 2021, houve um salto, e 156 tecnologias da Embrapa passaram a se alinhar a 131 metas ODS, o que vem contribuindo para o alcance brasileiro dos pilares da Agenda 2030”, destacou Rita Milagres, chefe da Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas (Sire).
“Importante ressaltar também que a Agenda 2030 colabora e influencia diretamente o planejamento estratégico da Embrapa, pois parte das ações previstas no VII PDE contemplam o alcance da Agenda 2030 e dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, detalhou a chefe da Sire.
Para a pesquisadora da Sire, Valéria Hammes, e coordenadora da Rede ODS Embrapa, a premiação é um reconhecimento ao trabalho colaborativo que as 43 Unidades Descentralizadas vêm realizando de “traduzir em metas ODS” parte da contribuição da Embrapa para o desenvolvimento sustentável do Brasil e do mundo. “E essa “tradução feita pelos colaboradores da Rede ODS Embrapa possibilita o entendimento mensurável de que a pesquisa agropecuária tem um importante papel na redução das desigualdades sociais, em especial, na contribuição para a segurança alimentar no Brasil e no mundo”, afirma a coordenadora da Rede. Ela ressalta a importância do salto de 156 tecnologias alinhadas a 131 metas ODS, no âmbito da Embrapa, em 2021.
A pesquisadora da Embrapa Solos, Júlia Stuchi, da Rede ODS Embrapa, foi uma das organizadoras da inscrição da Embrapa ao Prêmio 2022 Champion Award. “Quando criamos o GT para inscrever a Embrapa, estávamos seguras que as ações realizadas pela Empresa desempenham um impacto transformador no aumento da segurança alimentar e nas contribuições efetivas para a Agenda 2030. No entanto, poder ampliar esta segurança para os cerca de oito mil empregados, para a população brasileira e para o mundo é realmente um dos maiores ganhos”, afirma. Para ela, a partir desta premiação, a Embrapa ganha mais oportunidade de ampliar suas ações em âmbito nacional e internacional, de fortalecer suas parcerias com outros órgãos afins como a FAO.
Contribuições de destaque da Embrapa para a segurança alimentar e nutricional
São exemplos de alinhamento e contribuição para o alcance dos 17 ODS: o programa de Biofortificação de Alimentos que já atendeu mais de 46 mil famílias em situação de vulnerabilidade social; o Projeto Bem Diverso – iniciativa conjunta da Embrapa com o PNUD, reconhecido pelas Nações Unidas, em 2020, como boa prática, capacitando mais de 3 mil agroextrativistas, técnicos e pequenos agricultores em tecnologias de manejo, restauração de ecossistemas, comercialização e políticas públicas. Destacam-se também nesta direção o projeto Quintais Orgânicos de Frutas que levou à implantação de 2.476 quintais, em 238 municípios, com 413.845 árvores plantadas, alcançando cerca de 71 mil beneficiários quilombolas, indígenas, agricultores familiares e assentados da reforma agrária.
O projeto Sisteminha Embrapa (Sistema Integrado para Produção de Alimentos), implementado em diferentes estados do Brasil e também na África. Outras duas importantes contribuições da Embrapa para a segurança alimentar são as tecnologias aplicadas na Agricultura de Baixo Carbono (ABC) e o Projeto Integrado da Amazônia, executado por 14 centros de pesquisa da Embrapa, atuando na redução do desmatamento e da degradação ambiental, com ações junto a comunidades tradicionais, com recursos do Fundo Amazônia e do BNDES.
Para o gerente de Macroestratégia da Sire, o pesquisador Eduardo Matos, é importante reconhecer que o trabalho da Embrapa não para por aí, é preciso dar continuidade às ações de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) que possam contribuir com o cumprimento das metas da Agenda 2030, especialmente para garantir a segurança alimentar das populações mais vulneráveis.
“Essa premiação confirma o potencial de atuação da rede interna de colaboradores da Embrapa em torno de desafios estratégicos. É, portanto, um momento oportuno para reconhecer a gestão da Rede ODS Embrapa, que se tem mostrado capaz de agregar diversos especialistas, distribuídos nas Unidades da Empresa, em torno de uma agenda institucional comum, que congrega desafios cada vez mais complexos”, conclui Vanessa da Fonseca Pereira, supervisora de Planejamento e Governança, setor responsável pela coordenação da Rede ODS na Empresa.
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