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Contribuir com estratégias que reforcem o crescimento do mercado brasileiro de frutas, com a garantia de aporte de conhecimento, será um dos mais importantes papéis da pesquisa na execução do Plano Nacional de Desenvolvimento da Fruticultura (PNDF), lançado na terça-feira (27), no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com a presença do ministro Blairo Maggi, da presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Tereza Cristina (DEM-MS), e de representantes do setor produtivo.
Segundo o presidente da Embrapa, Maurício Lopes, também presente ao evento, uma grande rede de Unidades está preparada para impulsionar o potencial nacional. Hoje o Brasil ocupa a terceira posição entre os maiores produtores de frutas do mundo, mas ainda é o 23º colocado no ranking dos países exportadores.
“O Brasil tem um espaço gigantesco para expandir esse mercado e o setor privado, assumindo o protagonismo na execução do plano em sinergia com o Governo Federal e a pesquisa, vai fazer toda a diferença”, disse Lopes, lembrando que é preciso aproveitar as oportunidades de um novo perfil de consumo que se consolida, baseado na busca pela qualidade de vida e pela alimentação saudável de uma população já não tão jovem. A produção integrada de frutas, mais segura, com manejo adequado de doenças e certificação, além do lançamento de novas variedades, como o melão BRS Araguaia e a uva BRS Vitória, são algumas das contribuições que a pesquisa já tem dado ao setor.
A Embrapa participou da elaboração do documento base do PNDF, proposto pela Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), como forma de suprir a ausência de um plano estratégico específico de apoio aos produtores. “Contribuímos com o item relacionado à pesquisa, desenvolvimento e inovação, e gestão da qualidade”, explicou o pesquisador da Embrapa Uva e Vinho (Bento Gonçalves, RS) Alexandre Hoffmann, representante da Empresa na formulação do conteúdo do plano. “É preciso enfrentar o desafio de acessar mercados, mas com estratégias que tenham continuidade”. Para os produtores, Hoffman destacou a importância da sistematização do conhecimento, com adequação das tecnologias, que atendam principalmente os segmentos de pequeno e médio porte.
Panorama Brasil
A fruticultura nacional é considerada uma das mais diversificadas do mundo, com uma área de cultivo superior a 2 milhões de hectares, que representam também geração de emprego no campo, na agroindústria e ao longo de toda cadeia produtiva. Um cenário que, apesar de favorável, ainda apresenta dificuldades que interferem no desenvolvimento e na competitividade do setor, como destacou o presidente da Abrafrutas, Luiz Roberto Barcelos. “Trata-se de um setor ainda fragmentado, que carece de organização para que a fruticultura brasileira ganhe valor internacional”. O registro de defensivos, a burocracia e a abertura de novos mercados são apenas alguns dos principais entraves apontados por ele e que devem ser superados.
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